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Secretaria apura suposta acumulação de cargos de 10 anos atrás; vereador se diz “vítima”

Por
Leônidas Badaró

A política no município do Bujari se vê envolta de mais uma polêmica. Desta vez, com o vereador Elias Daier, a Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri) e o prefeito Padeiro. Na última sexta-feira, 29, o secretário da pasta, Luis Tchê, determinou a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar contra o servidor Elias Daier, que, além de funcionário de carreira da Seagri, é vereador no município pelo PSDB.


Conforme a portaria, publicada no Diário Oficial, a comissão tem por objetivo apurar a suposta denúncia de acumulação ilegal de cargos, já que Daier foi nomeado secretário de Planejamento da prefeitura de Bujari, gerando indícios da infração administrativa.


O que chama atenção e causa polêmica é o período dos fatos. Conforme o próprio Diário Oficial, a suposta acumulação ilegal de cargos ocorreu entre os anos de 2013 e 2014 e em um segundo período de 2016 a 2017.


Elias Daier é, hoje, um dos principais opositores na Câmara de Vereadores ao prefeito Padeiro, que é do PDT, mesmo partido do deputado licenciado e atual secretário Tchê. Daier afirma ser vítima de perseguição pela oposição ao prefeito e por ter sido um dos parlamentares que votou pela cassação do ex-vereador Gilvan de Souza, cassado pela acusação de violência política contra a também vereadora Eliane Rosita. Elias afirma que já respondeu a uma comissão no passado sobre a suposta acumulação ilegal de cargos, sendo inocentado.


“Tudo isso que está sendo instaurado, eu já respondi uma comissão de sindicância, fui ouvido, apresentei as provas e fui inocentado. Agora, depois da cassação do vereador Gilvan, voltou tudo de novo. Tanto que as pessoas que fizeram parte dessa comissão de sindicância na época, são funcionários de carreira e estão todas na Seagri para comprovar”, explica.


Elias Daier afirma que não cometeu acúmulo ilegal de cargos. “Quando eu assumi, eu estava cedido a CUT e não cometi nenhuma irregularidade. Apresentei os pontos assinados e isso foi resolvido. Depois da cassação, eu soube que o Padeiro e a chefe de gabinete dele estiveram na Seagri para saber se eu estou trabalhando, atrás do meu ponto, uma perseguição sem tamanho. Estou tranquilo até porque tenho cópias dos documentos da época”, disse o vereador.


O secretário Tchê foi procurado pela reportagem e negou qualquer motivação política na abertura do Processo Administrativo Disciplinar. “Não é do meu perfil qualquer tipo de perseguição, ainda mais do Elias Daier, alguém que eu conheço e tenho respeito. Já pedi a minha equipe que repasse as informações sobre o que motivou a abertura do processo”, disse.


A Seagri declarou que “o processo chegou ao conhecimento da secretaria no ano de 2018, por meio do tribunal de contas de onde partiu a denúncia. Com base nisso, a secretaria abriu o processo administrativo disciplinar, no ano de 2018. Porém, não gerou efeito legal por vício formal. Portanto, tornado nulo. Em 2019 foi aberto outro e pelo mesmo motivo, vício formal, foi declarado nulo pela autoridade julgadora. Agora em 2023, por determinação da Secretaria de Administração, abrimos outro processo para resolvermos essa questão”, alegou.


O prefeito Padeiro também foi procurado, mas não se manifestou.


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Leônidas Badaró

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