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Eleições: Um olho na missa e outro no padre

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

A eleição de 2024 será municipal, mas o foco dos principais personagens que estarão na campanha do próximo ano, vai mais além, também, mira o PalácioRio Branco e nas duas vagas para o Senado. Quem trabalha ativamente para viabilizar a eleição de prefeitos do seu grupo, para ter o apoio a governador em 2026, é o senador Alan Rick (UB),um dos nossos mais ativos políticos. Com maestria tem aliado seu trabalho parlamentar com a montagem de alianças políticas. A outra candidatura certa é a da vice-governadora Mailza Assis (PP), que tem como principal trunfo estar na eleição, sentada na cadeira de governadora, por o Gladson ter que se afastar em 2026, para disputar o Senado. Falta-lhe, entretanto, o jogo de cintura na construção de aliados. Se restringe a orbitar dentro do nicho evangélico, sem ampliar seus espaços políticos. Não conseguiu até o momento formar um grupo político. Quem também sonha com uma candidatura a governador é o deputado Nicolau Junior (PP), o mais votado na eleição passada. Espera a mão no ombro do ex-cunhado Gladson Cameli. Para as duas vagas ao Senado vamos ter brigando o Gladson, o senador Sérgio Petecão (PSD), o prefeito Tião Bocalom (PP) e o senador Márcio Bittar (UB). O jogo para o Senado e Governo pode até ter outros pretendentes, mas a disputa com chance não deve sair do cenário atual. Estarão todos com um olho na missa e o outro no padre.


O SONHO DO BITTAR
O sonho do senador Márcio Bittar (UB) é ver o prefeito Tião Bocalom reeleito e formar com ele uma dobradinha para o Senado, em 2026.


NÃO SE MUDA A HISTÓRIA
A maioria dos políticos e empresários que bajulam o governo Gladson e criticam os governos da FPA, são os mesmos que elogiavam os governadores da Frente Popular do Acre. Não se muda a história virando o quadro para a parede. Aqui, é uma aldeia. Todos eles vão para a eleição municipal de olho na eleição de 2026, com um olho na missa e o outro no Padre.


TEVE UM MÉRITO
Claro que, a decisão foi do governador Gladson, mas deve ser ressaltado como positiva a intermediação do subsecretário Luiz Calixto, para a solução do problema dos despejados da invasão do bairro Irineu Serra. Uma ação que deveria ser da Secretaria de Ação Social, mas que se limitou a fazer cara de paisagem ante ao impasse.


FALTA COMANDO
Falando no governador Gladson Cameli, ele carece de exercer a sua autoridade. O que fala, muitas vezes não é escutado pelo secretariado. Diz um velho ditado que, com um comandante fraco, o exército é fraco.


CANDIDATO A PASTOR
Por colocar a Fundação Cultural a serviço da comunidade evangélica, a observação que se pode fazer é que o presidente Minoru Kinpara não é candidato a prefeito da capital, mas a Pastor evangélico. Aleluia, Kinpara!


PESQUISAS VÃO FALAR
Os coordenadores da candidatura do secretário Alysson Bestene (PP) a prefeito de Rio Branco, já alugaram até um escritório para reuniões políticas e estão otimistas que ele vai crescer na campanha do próximo ano. Quem vai dizer se vai decolar ou não serão as pesquisas a serem feitas em 2024. Até lá não se pode dizer nada.


JOGA COM OS VOTOS
Uma coisa que o presidente Lula faz bem, é ser populista. Essa sua decisão das famílias integrantes do Bolsa Família não pagarem mensalidades no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, beneficia o eleitor do andar de baixo, que é quem elege presidente. A classe média, o agronegócio, são Pops, mas têm poucos votos.


TOLICE POLÍTICA
É tolice política se imaginar que a eleição para a PMRB será decidida pelo cunho ideológico do candidato. Vai ser o próximo prefeito aquele que conseguir mais empatia com o eleitor. O voto é no nome e não no partido.


NÃO PESA NA BALANÇA
O declarado apoio do senador Márcio Bittar (UB) ao Tião Bocalom, não terá peso na balança da reeleição. O Bittar não tem grupo político em Rio Branco. E nem votos para transferir ao Boca.


DEPENDE DELE
Perguntei ao senador Alan Rick (UB) se o deputado federal Ulysses Araújo (UB) será mesmo candidato a prefeito de Rio Branco. Foi pragmático na resposta: “Só não será, se não quiser”. Até aqui, Ulysses nem piou.


CAMINHO NATURAL
Apoiar a candidatura do Alysson Bestene (PP) a prefeito de Rio Branco, isso é certo que a deputada Michelle Melo (PDT) não fará, pelo óbvio de estar rompida com o governo. Tudo indica que ela tende a apoiar o Marcus Alexandre (MDB).


VISÃO DOS TOSCOS
O STF não está decidindo sobre a descriminalização da maconha. O congresso já definiu que o usuário flagrado com pequena quantidade da droga não deve ser preso. O que o STF está definindo é o que pode ser considerado “pequena quantidade” ou não. O resto é visão dos toscos.


CARNAVAL DE FANÁTICO
E a questão da liberação do aborto, não é o STF que vai definir. O novo presidente Barroso já disse que o assunto não será pauta. Não há clima na população brasileira, majoritariamente cristã, para a liberação ser aprovada em nenhuma instância, no que está certa. O resto é carnaval de bumbo furado de fanáticos religiosos para ganhar os holofotes da mídia.


MÁGOAS DA CAMPANHA
As relações políticas entre o prefeito de Cruzeiro do Sul, professor Zequinha, e o deputado Nicolau Junior (PP), aparentemente, são normais, mas na verdade guardam mágoas profundas da campanha passada.


MURO QUE TE QUERO MURO
A vice-governadora Mailza Assis foi para cima do muro sobre a disputa da prefeitura de Rio Branco. Pelo menos não se viu ou ouviu uma manifestação dela a favor da candidatura do Alysson Bestene (PP). O silêncio é total.


QUEM VAI ESCOLHER A NOIVA
O MDB deixou Marcus Alexandre (MDB) livre para escolher o vice que vai compor a sua chapa na briga pela PMRB. Quem vai escolher a noiva é o noivo.


SEGUNDO TURNO
Pelo grande número de candidatos a prefeito da capital, tudo leva a crer que a decisão deverá ser levada para o segundo turno. A não ser que um dos candidatos dispare na preferência do eleitor, como aconteceu com o Gladson na última disputa do governo.


FALTA DE PRESTÍGIO
O vice-presidente Geraldo Alckmin virou peça de presépio no governo do Lula. A primeira dama Janja, que não tem cargo no governo, é que foi escalada para liderar uma comitiva de ministros na visita ao Rio Grande do Sul, para anunciar ajuda aos desabrigados.


LEI É PARA TODOS
O General de pijama, Ridauto Fernandes, que esteve junto com os fanáticos golpistas bolsonaristas no vandalismo contra as sedes dos três poderes, teve o sigilo bancário quebrado pelo STF e o passaporte apreendido pela PF, e vai responder como um dos incitadores da tentativa de golpe militar. A Lei é para todos, até para os generais aposentados.


FRASE MARCANTE
“Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa”, Atos-1631.


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Luis Carlos Moreira Jorge

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