Os ex-moradores da invasão Terra Prometida voltaram a entornar o caldo do governo na manhã desta sexta-feira, 29, e preparam uma contraproposta ao secretário de Governo, Luiz Calixto, que encabeça uma comitiva governamental que tenta dar fim aos impasses que, sem solução, que resulta em 46 famílias acampadas em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Acre.
Ontem (28) Luiz Calixto e Ítalo Medeiros (coordenador da Defesa Civil) ofereceram um “pacotão” de benefícios aos ex-moradores da invasão, sob a condição da desocupação imediata do prédio da ALEAC e o fim das manifestações. No entanto, já no fim da discussão, um pequeno grupo de manifestantes implantou dúvidas na proposta do governo e o fechamento da questão estava marcado para esta manhã.
A proposta do governo foi: a cessão temporária de 30 lotes de terra nas proximidades do acampamento Marielle Franco, no bairro Defesa Civil; a instalação de uma tenda provisória no local dos 30 lotes para a instalação provisória de barracas; a construção de 20 barracos de madeira com mão de obra e material do governo; a garantia de aluguel social para 14 famílias que não serão contempladas com barracos; a construção de banheiros coletivos; a participação das famílias na cozinha comunitária organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, que funciona de segunda a sexta-feira fazendo almoços a partir de doações; a distribuição de sacolões; a garantia de beneficiamento nas casas populares que devem ser entregues em dezembro de 2024, no bairro Jorge Lavocat.
No entanto, a contraproposta que os porta-vozes do movimento tentam conseguir, após nova deliberação, trata: do aumento dos lotes cedidos temporariamente de 30 para 43, e o aumento dos barracos construídos pelo governo de 20 para 43. Desse jeito, argumentam, todas as famílias ocupadas terão o próprio terreno e o próprio barraco.
A reunião com Luiz Calixto acontece na tarde desta sexta-feira e novas deliberações podem surgir.