Uma das maiores controvérsias que envolvem as gestões do Estado do Acre e da Prefeitura de Rio Branco, o Ruas do Povo, ganhou nessa quarta-feira, 27, um novo desdobramento. O prefeito Tião Bocalom informou pelas redes sociais que se reuniu com o Ministério Público Estadual (MPE), ocasião em que ficou definido que o município colaborará para a realização de perícias relacionadas à situação.
“Participei de uma reunião excelente no Ministério Público do Estado do Acre, onde tratamos sobre uma herança amarga que nos foi deixada: o Programa Ruas do Povo, que na época foram gastos mais de 600 milhões de reais (que se fosse hoje somariam mais de um bilhão de reais) em serviços não executados, ou executados parcialmente com péssima qualidade. Na reunião, o MP pediu a cooperação da prefeitura para perícia nestas ruas em que o programa em questão passou. E nós vamos colaborar com o que for necessário para isso. Também ficou registrado neste encontro que qualquer intervenção nessas ruas, só poderão ser feitas após a perícia”, disse Bocalom.
O programa Ruas do Povo foi lançado em 2011, pelo governo Tião Viana, com a promessa de pavimentar todas as ruas do Acre até o fim de 2014, mas quase uma década depois do lançamento do projeto 605 ruas que já deveriam ter recebido pavimentação e todo serviço de infraestrutura, estão, segundo a prefeitura, judicializadas em decorrência de uma série de irregularidades.
Alegando essa judicialização, a prefeitura de Rio Branco afirma estar impedida de intervir nos locais nessas ruas. Entretanto, diversos órgãos estaduais atestam não existir decisões judiciais que proíbam a prefeitura de executar obras nas vias. No ano passado, Bocalom disse que não assumiria as obras de pavimentação do programa Ruas do Povo.
