Que o consumo de energia elétrica subiu em todo o Brasil por conta do calor não é notícia nova. No Acre, a Energisa divulgou que a elevação foi recorde em agosto deste ano, ficando 21% acima do mesmo período do ano passado. A empresa afirmou que não possui previsão para a alta do consumo referente ao mês de setembro.
Já o Operador Nacional do Sistema (ONS) projeta um crescimento de 5,8% do consumo de energia neste mês de setembro por causa das altas temperaturas no país. A expectativa é de alta em todas as regiões, sobretudo no Norte (10,6%), Sudeste e Centro-Oeste (6,1%).
Dados preliminares do Boletim Info Mercado quinzenal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), apontam que pelo quarto mês consecutivo, o volume é 3,9% maior na comparação com o mesmo período do ano passado.
No mercado regulado, no qual estão residências e pequenas empresas, o aumento é 5,0% maior. O restante, 2,2% maior, foi fornecido para a indústria e companhias de grande e médio porte que compram sua energia no mercado livre.
Ainda segundo a CCEE, em agosto, quase todos os estados brasileiros consumiram mais energia. No comparativo anual, Maranhão (29,5%) e o Acre (25,5%), com demandas maiores influenciadas principalmente pelo mercado livre, Amazonas (14,3%) e Mato Grosso (15,6%), com consumo impactado significativamente por temperaturas mais altas que a média registrada no mesmo período do ano passado.
Apenas três estados tiveram demanda menor: Rio Grande do Sul (- 2,5%), Espírito Santo (- 2,2%) e o Amapá (- 1,6%).
Sobre os setores da economia com aumento do consumo de energia, em agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, dos 15 setores monitorados, 10 deles tiveram aumento. Destaque para o Comércio (10,2%), seguido de Extração de Minerais Metálicos (8,6%), e Alimentícios (6,8%).
Quanto aos setores da economia em queda de consumo de energia, as maiores quedas foram registradas no setor têxtil (-3,1%), indústria química (-4,9%), Veículos (-6,0%).
Em agosto, as hidrelétricas produziram para o Sistema Interligado Nacional (SIN), 1,6% mais energia que no mesmo período do ano passado. Já as termelétricas entregaram para a rede, volume 2,2% maior no comparativo anual. As fazendas solares produziram mais com um percentual 62,8% e os parques eólicos tiveram retração de 2,1%.
Com informações da Agência Canal Energia e Climatempo.
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