Estamos caminhando para o ano eleitoral, com um cenário praticamente formado para a disputa da prefeitura de Rio Branco. O prefeito Tião Bocalom vai disputar a reeleição, seja no PP ou em outro partido. O ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB), é outro nome posto no cenário. Quem confirmou, também, que será candidato é o deputado Emerson Jarude (NOVO). Recentemente, o ex-deputado Jenilson Leite (PSB) lançou o seu nome no circuito. O PSDB acena com a candidatura do Minoru Kinpara. Uma coisa é certa: será uma eleição com velhas caras da política e sem mulheres na disputa. Façam seus jogos, senhores! A roleta vai girar.
O CULPADO NÃO É O MORDOMO
Nos filmes de suspense, o culpado é sempre o mordomo. Nesse puxa-encolhe entre o governo e os donos de empresas terceirizadas, o culpado não é o mordomo, mas o governo, que não paga as empresas em dias e essas não têm como pagar os servidores, e vira uma bola de neve, com famílias que trabalharam passando necessidade.
FALSA DEFESA
É muito cômodo para o governo reagir dizendo que em alguns casos não paga pela falta de certidão das empresas. Ora, ora, dona Aurora! Se os empresários ficam três meses sem receber, não têm como pagar os encargos, estes atrasam, e ficam sem ter como conseguir certidões negativas. E quebra no lado mais fraco, os dos servidores terceirizados.
NÃO FEZ POLÍTICA
A escolha pelo PP do secretário Alysson Bestene como pré-candidato para a disputa da PMRB, não pode ser vista como “revanchismo” da presidente do diretório municipal, deputada federal Socorro Neri (PP). A questão é que o prefeito Bocalom não tem vida orgânica no PP, a aclamação de Alysson mostrou essa faceta. O Bocalom não fez política no PP. E na política, não existe espaço vazio que não seja ocupado. Na política leva a parada quem tem maioria, é e sempre será assim. A pólvora já foi inventada.
NÃO É DE PRIMEIRA VIAGEM
O prefeito Bocalom não é marinheiro de primeira viagem. Sabe que o governador Gladson não nutre por ele nenhuma simpatia. No diretório do PP é minoria. Tem que procurar logo outro partido. O dia 2 de abril de 2024 é o último dia para filiação em outro partido. Então, o Bocalom terá pouco tempo para uma decisão. Se passar desse prazo, continuar no PP e perder a convenção, não poderá ser candidato a nada. É uma sinuca de bico.
QUE MAIS SE MOLDA
O PL, que no Acre é comandado pelo grupo do senador Márcio Bittar (UB), um político de extrema-direita, bolsonarista até a medula, me parece o partido mais indicado para abrigar o prefeito Tião Bocalom, que comunga da mesma ideologia. Não vejo outro caminho para o Bocalom trilhar.
SACO FURADO
Quando se banca feiras agropecuárias na capital e municípios, com custos altos para a montagem da estrutura; se banca festivais de praias, se leva comitiva de aspones para o exterior, se contrata um caminhão de cargos de confiança sem necessidade, se banca marchas religiosas, o cofre estatal vira um saco furado. E neste caso tem que faltar mesmo dinheiro para o governo pagar os compromissos assumidos. Óbvio!
FICOU CLARO
A ausência dos três vereadores do PP na Câmara Municipal de Rio Branco no ato de sábado passado do PP, deixou claro que devem formar ao lado da reeleição do prefeito Bocalom. E foram coerentes, todos têm indicados para cargos de confiança na PMRB. Se ficassem ao lado da candidatura do secretário Alysson Bestene (PP), teriam que entregar os cargos.
NÃO ESTÁ MORTO
Indo para o lado político, pode-se dizer que, é um engano se pensar que o prefeito Tião Bocalom está morto. Ainda tem pouco mais de um ano para recuperar a popularidade, e a política é a arte de tornar o impossível possível.
DOIS ERROS POLÍTICOS
O primeiro é pensar que o mandato é eterno. E o segundo é pensar que a popularidade, também, é eterna. Os que estão hoje no poder surfando em cima dessas duas premissas, mais tarde serão mais um alguém na multidão. Fora do poder vão colher o que plantaram no poder. Já vi políticos com estrondosa popularidade perderem a eleição e não se reeleger mais a nada. E, virarem párias. A lei do retorno é fatal.
LEI PARA TODOS
O Bolsonaro se tornou inelegível pela justiça eleitoral por atentar contra esse sistema. Ao defender a improcedente e imoral PEC da Anistia, que daria o perdão aos partidos nos crimes eleitorais cometidos na última eleição, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, baixou o malho na justiça eleitoral por aplicar multa alta aos partidos e pediu seu fechamento. O Bolsonaro criticou e foi cassado por agir da mesma forma. E a Gleisi? A Lei não é para todos?
PAUTAS PROGRESSISTAS
A deputada federal Socorro Neri (PP) elogiou a decisão do STF de votar contra o marco temporal, na questão de demarcação de terras indígenas. Neri tem se notabilizado na Câmara Federal na defesa de pautas progressistas.
PURA ILUSÃO
Político se vangloriar porque vai aumentar o número de voos para o estado, é o mesmo que vender terreno na lua. Pura ilusão. O que importa a quem precisa viajar é o alto valor do preço das passagens. E as empresas já disseram que com a reforma tributária, o valor deve subir. O resto é conversa fiada para boi dormir.
FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO
Tramita na Câmara Federal uma Pec que proíbe o casamento gay. Falta do que fazer. Quem decide como usar o corpo, é o dono do corpo. O único argumento dos fundamentalistas religiosos que defendem a tese, é a defesa da família. Quando você vê alguém postando como defensor da família, da moral e dos bons costumes, desconfie, é um lobo vestido em pele de cordeiro.
PÃO E CIRCO
Num estado em que grassa o desemprego, onde é alto o índice de pobreza e de famílias passando necessidades alimentares, esses gargalos deveriam ser prioridades. Mas não é para quem está no poder. Prioridade é fazer viaduto e nova ponte sobre o rio Acre, como se fossem obras que resolvam os problemas crônicos da sociedade.
NÃO PODIA DAR OUTRO
Quem votou na reunião do PP para a escolha do pré-candidato do partido a prefeito de Rio Branco foram ocupantes de cargos de confiança no governo. A lógica era dar o secretário Alysson Bestene de lavada de votos.
GRANDE CARTADA
O ex-prefeito Vagner Sales vai dar a sua grande cartada política na eleição para prefeito de Cruzeiro do Sul. Se a filha Jéssica Sales (MDB) for eleita prefeita, seu grupo volta a ser protagonista. Se perder, o grupo Sales pode dar adeus ao protagonismo político no Juruá. A política são ciclos.
SABEDORIA POPULAR
“Laranja madura, na beira de estrada, Zé, tá bichada ou tem marimbondo no pé”. Estrofe de uma música do cantor Noite Ilustrada.
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