A disputa interna no Partido Progressista (PP) entre o prefeito Tião Bocalom e o secretário de governo, Alysson Bestene, ocorre não somente em busca pela indicação para concorrer a prefeitura de Rio Branco, mas por um fator preponderante que incentiva os ânimos a ficarem mais aflorados. Trata-se do governador Gladson Cameli, que acaba sendo o principal patrocinador da “arenga” política. É a vontade do Palácio Rio Branco que rejeita o gestor da capital e quer impedi-lo de disputar a reeleição pela sigla.
Diversos foram os episódios nos últimos anos em que Bocalom é tratado como “persona non grata” dentro do PP, principalmente durante o período eleitoral de 2020, onde foi consagrado vitorioso em cima da estrutura da então prefeita Socorro Neri, que contava com o apoio do governador. Aliás, a campanha marcou desavenças que não foram resolvidas internamente até hoje e para completar, com ascensão de Neri como deputada federal e consequentemente como presidente da executiva municipal do partido, o enredo dessa história já era uma “pedra cantada”. Mesmo com Bocalom tentando se aproximar de Gladson, assessores palacianos sempre brindaram o governador das investidas do “Velho Boca”.
Já Socorro Neri, pelo que se apura, não age por retaliação ou algo do tipo. Ela conta com o apoio irrestrito do governador para mover a balança no partido. A reportagem do ac24horas a questionou sobre qual motivo Bocalom é rejeitado dentro da sigla, sendo que em qualquer outro partido ele seria candidato natural a reeleição. “Será que seria? Vou aguardar a deliberação da executiva municipal para me manifestar a respeito”, disse a parlamentar.
Neri se segura em fatores para manutenção de Bocalom fora do páreo. A baixa avaliação popular, conforme as últimas pesquisas, e também o fato do regimento interno do PP não ter nenhuma linha que garanta ao atual prefeito a reeleição natural, pavimentam a rejeição interna. Pesa também contra Boca o fato de ele deixar o PP ser dominado por “adversários”. Dos 24 membros do partido com direito a voto, o prefeito de Rio Branco conta com os votos declarados de Valtim José, seu fiel escudeiro e Chefe da Casa Civil, e de Nabiha Bestene, Secretária de Educação, que rachou a família Bestene ao não apoiar o sobrinho. Nesta semana, numa prévia promovida pelo Palácio, Alysson deve contar com pelo menos 15 votos, o que lhe garantiria o direito de disputar o pleito de 2024 pelo PP.
Publicamente, Bocalom sempre foi contra “o prato feito” que estava sendo feito no PP. Ele defende debate e convenção partidária para definição de seu candidato, já que não tem garantias de uma reeleição “natural”. O ac24horas tenta falar com o prefeito durante a semana que antecede a reunião da executiva municipal que ocorre no próximo sábado, dia 23, e que promete selar a escolha para disputa da eleição, mas ele evita atender. Porém, por telefone, Valtim José, considerado o braço direito de Bocalom na gestão, afirmou que não existe nada definido ainda e que não poderia repassar detalhes por enquanto, já que o gestor da capital está se empenhando nas demandas da prefeitura, dando a entender que a política partidária está em segundo plano. Não se sabe se Bocalom ou até mesmo Valtim irão participar da reunião. Alysson Bestene também não vai, já que está em viagem com o governador.
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