A Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) e a Embaixada do Brasil no Peru (Promperu) promoveram nesta quarta-feira, 20, o seminário “Oportunidades Comerciais com o Peru”, a fim de estreitar as relações comerciais entre os dois países.
O presidente da Fieac, José Adriano, contou que desde 2019 não havia diálogo de relações comerciais com os países andinos. Segundo ele, a ideia é estimular os empresários a exportarem seus produtos com o Peru e demais países. “A pandemia atrapalhou muito essa relação e por isso esse encontro para podermos estreitar relações. A nossa pauta continua a mesma, com avanços e investimentos já realizados”, ressaltou.
Adriano destacou que apesar dos entraves causados pela pandemia, houve avanços na exportação de carne bovina e suína ao Peru. “Estamos interessados em exportar o milho e na agenda no Peru vamos verificar produtos para importar no caminho de volta”.
Rómulo Acúrio, embaixador do Peru no Brasil, disse que o encontro visa potencializar as relações comerciais entre os países. Para ele, o Brasil hoje tem capacidade para exportar vários produtos de qualidade à nação peruana. “Tem um nicho grande, como grãos, por exemplo, e o trigo que queremos desenvolver muito mais. E estou aqui para estabelecer o comitê de fronteira sul que tem como foco a facilitação do comércio”, argumentou.
O Cônsul do Peru em Rio Branco, Pedro Rubín, defendeu a integração comercial do Acre com o Peru, promovendo intercâmbio na relação entre os países. “Temos que promover a integração dos portos, pois são países que se comunicam e têm uma boa relação”, explicou.
O secretário de Indústria e tecnologia do Acre, Assurbanipal Mesquita, elogiou o encontro e revelou que as tratativas consolidam os negócios entre os países. “O objetivo é ativar a rota econômica e quero dizer que o governo federal vai retomar as exportações, temos ainda 43 empresas exportadoras. Queremos inserir o Estado na rota de negócios”, comentou Mesquita.
Presente no encontro, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac), Assuero Doca Veronez, disse que o agronegócio precisa de relações comerciais entre os países devido à proximidade, além de defender que o Peru possa comprar milho do Brasil.
“Estamos perto dos países mais que alguns estados brasileiros. O Peru precisa comprar milho do Brasil e temos que melhorar isso. Essa visita visa reverter essa expectativa para avançar nas negociações entre Brasil e Peru. Que possamos construir relações mais efetivas”, argumentou.
A vice-governadora do Acre, Mailza Assis, também chegou ao final do evento e conversou com os representantes das entidades acerca das prospecções de negócios ao estado.
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