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Sonho vira pesadelo a ex-alunos da U:Verse no Acre: “não há disciplinas ou notas no histórico”

Instituição fechada após anúncio de falência - Foto: Reprodução
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Muito tem se falado sobre os prejuízos causados pela U:Verse aos seus ex-acadêmicos. A universidade, uma das mais tradicionais do Acre, não resistiu a uma grave crise financeira e fechou as portas, oficialmente, no último dia 30 de junho. Desde esse período, estudantes tentam fazer com que a instituição cumpra com as promessas de remanejamento sem prejuízos para outras instituições de ensino.


Os ex-alunos já realizaram diversos protestos e o caso é acompanhado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e também pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).


Apesar do acompanhamento das instituições, a vida dos ex-alunos não têm sido fácil. As promessas não são cumpridas e os problemas se multiplicam, tornando o sonho de cursar uma faculdade um verdadeiro pesadelo.

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O ac24horas conversou com Matheus Cardoso, estudante de Engenharia Civil.


Após cursar cinco períodos, o acadêmico conta que os problemas da U:Verse começaram, na verdade, na época da pandemia. “Quando passou ao modo de Ensino à Distância e os professores não tinham capacitação para trabalhar com o método. Com o decorrer da pandemia, as aulas se tornaram piores e quando passou, a U:Verse foi a única instituição que não voltou com as aulas presenciais. Mesmo assim, o valor da mensalidade nunca foi reduzido”, conta.


Matheus afirma que com o fechamento das portas, o remanejamento para outras instituições ocorre com problema, já que há conteúdos já cursados que não estão no seu currículo escolar. “Existem alguns problemas sérios, a gente acreditou na instituição, ficou até o final, mas é complicado. Existem matérias que já concluí, que simplesmente não aparece no meu histórico, não tem nota lançada e fica complicado a gente comprovar que já cursou a disciplina”, comenta.


O estudante, que deveria ter concluído o curso no início deste ano, tinha quatro matérias pendentes para se formar. Com a mudança de instituição, já que foi remanejado para a Estácio/Unimeta, o número passou para 11 disciplinas.


Conforme Matheus, a falta de comunicação por parte da empresa prejudicou os ex-estudantes. “Na época, a gente soube do fechamento da empresa pela imprensa, porque nada foi passada para nós que éramos estudantes”.


Matheus conta ainda que também foi prejudicado e que, assim como outros alunos, não vê outra alternativa a não ser entrar com uma ação judicial.


A reportagem entrou em contato com o Ministério da Educação sobre as providências que estão sendo adotadas em relação ao fechamento da U:Verse e a garantia dos direitos dos ex-estudantes.


Conforme Leo de Brito, assessor especial do MEC, nessa semana haverá reunião entre a Diretoria de Supervisão da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (DISUP/SERES) com os estudantes, e representantes da Unimeta e Uninorte. A Unama e Uninorte tem recebido os alunos da U:verse. Além disso, a  Uninorte realizou consulta sobre a possibilidade de adaptação do Projeto Pedagógico de Curso (PPC) do curso de Direito da U:verse para os alunos concluintes. “Essa consulta chegou da Conjur/Mec na sexta-feira, e será avaliado nesta terça-feira”, garantiu Brito.


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