Maria da Liberdade, de 43 anos, desabafou nesta quarta-feira, 13, um sentimento de abandono das autoridades em relação ao ex-moradores da invasão Terra Prometida que, há 17 dias, ocupam a frente do prédio da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Aos prantos, a mulher, que é mãe de cinco filhos – uma das filhas passando por depressão – acusa o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) de fechar os olhos para a situação dos sem-terra num momento em que mais famílias chegam à ocupação, argumentando que foram expulsas de residências locadas ao revelarem que fariam o pagamento com o Programa Aluguel Social.
Maria Vitória dos Santos Andrade, de 21 anos, é mãe de duas meninas, de 1 e 3 anos, e disse ter realizado cadastramento para o Aluguel Social durante a ação de reintegração de posse, mas teve dificuldade para encontrar um local para alugar dentro do valor do programa.
“Quando eu finalmente encontrei uma casa, foi de R$ 500, mas o valor do Aluguel Social é de R$ 450,00. Falei pra mulher, dona da casa, expliquei minha situação e ela falou que eu poderia levar minhas coisas. Depois de alguns dias, quando ela soube que eu pagaria com Aluguel Social, disse que não poderia mais alugar e ligou para eu fazer a retirada das coisas se não ela vai colocar na rua”. Diante da situação, Maria Vitória está de volta na ocupação da Assembleia Legislativa.
Já Maria da Liberdade, relatou que crianças do acampamento estão doentes em decorrência das condições que estão expostas e criticou a falta de ação do Ministério Público do Acre, que segundo ela, parece ter desistido do caso.
“Falta de boa vontade. Nós somos um problema para o Estado, não temos para onde ir. Aluguel Social não funciona, eu se fosse dona de um local não deixaria alguém entrar na casa pra depois pagar. Maria Vitória foi despejada, a moça despejou ela dez dias depois de deixar ela entrar. O que o Ministério Público diz que não tem nada a ser feito. Eu me sinto com inveja até de uma palmeira, porque ontem a Prefeitura de Rio Branco derrubou uma palmeira e o Ministério Público se manifestou. Talvez se eu fosse uma palmeira, o Ministério Público tinha me dado crédito, a verdade é essa”.
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