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Bombeiros do Acre orientam como encontrar ajuda em caso de emergência

Foto: Felipe Santiago, capitão do Corpo de Bombeiros, à esquerda - Assessoria/Corpo de Bombeiros

As ocorrências envolvendo tentativa contra a própria vida tiveram um aumento de 41% no Acre em 2023. De 1 de janeiro de 2022 a 13 de setembro de 2022, 278 ocorrências foram registradas no Corpo de Bombeiros. Já este ano, de 1 de janeiro até esta quarta-feira, 13 de setembro, 392 pedidos de ajuda foram solicitados, geralmente por populares ou familiares da pessoa tentante.


No entanto, Felipe Santiago, capitão do Corpo de Bombeiros e interventor em atendimento à tentativa de suicídio, destaca a importância de, num momento de crise, a pessoa pedir ajuda a qualquer serviço de emergência, como o Centro de Valorização à Vida (188).


Capitão Felipe ressalta o trabalho de capacitação proporcionado pelo Corpo de Bombeiros no Acre. “Eu fiz o curso em 2019 em Goiás. Em 2021, conseguimos realizar o curso de atendimento à tentativa de suicídio no Acre, formando 35 bombeiros militares do Estado. Após isso, foram implementados cursos sobre o tema dentro das grades curriculares de formação do Corpo de Bombeiros”.


Embora o acesso ao atendimento psicológico e psiquiátrico tenha se democratizado, em relação às outras épocas, com a implantação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) na maioria das cidades brasileiras, a falta de discussão saudável acerca do tema ainda deixa muitas pessoas com receio de pedir ajuda, e até vergonha.


Muitas vezes, a vítima acaba recorrendo a pessoas próximas, como amigos e familiares, que podem não entender a situação com o cuidado e empatia requeridos. Por isso, é fundamental a busca pelo profissional capacitado.


“A morte é um tabu na nossa sociedade. Muitas pessoas acreditam que não devem falar sobre o assunto para que ele não aconteça. A sociedade julga e não entende; acredito que isso se deva por falta de conhecimento, informação e empatia. Devemos falar sobre suicídio sempre. Só mudamos as coisas ao falarmos sobre elas. Ao deixá-lo como tabu, perdemos a oportunidade de fazer prevenção e acolhimento”, disse a doutora em psicologia Karen Scavacini em entrevista ao Instituto Humanitas Unisinos.


O capitão Felipe Santiago destaca: “você sempre pode pedir ajuda. Seja no 188, onde tem atendimento mais especializado e uma integração com os serviços de socorro dos estados, mas também no 190, da Polícia Militar, no 192, do SAMU, ou no 193, no Corpo de Bombeiros. Nós estamos prontos para ajudar em qualquer situação”.


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