Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal, a Ufac e o seu Conselho Universitário decidiram por revisar as homenagens realizadas a figuras públicas que apoiaram o golpe militar no país, no período de 1964-1985. A decisão foi oficializada no dia 18 de agosto deste ano e para que ela fosse cumprida, no dia de hoje, 5 de setembro, a Associação de Docentes (Adufac), com o apoio de estudantes, promoveram um “ato de desomenagens”.
A recomendação do MPF foi assinada pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão, Lucas Dias, e foi fundamentada em elementos levantados no inquérito civil instaurado para apurar as “homenagens realizadas a perpetradores de violações aos direitos humanos”, ocorridas durante a ditadura civil-militar no estado acreano.
A presidente da Adufac, professora Letícia Mamed, disse que a resolução do Conselho foi publicada no dia 18 de agosto, no entanto, mediante a indefinição de uma data para seu cumprimento, em assembleia, a Adufac resolveu realizar o ato de desomenagem. “No intuito de fazer cumprir a resolução e compartilhar esta importante decisão de nossa universidade com a sociedade”, explicou.
Mamed reclamou da falta de publicidade da administração da universidade após a decisão do Conselho Universitário sobre o tema. “Causa estranheza por ser uma decisão pioneira, diante de um cenário em que poucas universidades encararam esse tema e a necessidade de revisar sua herança autoritária. A Ufac talvez não seja a primeira no país, mas é no norte”, declarou.
O levantamento chegou a 20 nomes que deveriam ser retirados, sendo que, após a Adufac anunciar a realização do seu ato, 17 placas já haviam sido retiradas ainda na segunda-feira, 4, provavelmente pela administração da universidade. Dentre 17 estão: Áulio Gélio Alves de Souza (o único vivo), Geraldo Gurgel de Mesquita, Jorge Kalume, Francisco Wanderley Dantas, João de Mendonça Furtado, Rubem Carlos Ludwig, Joaquim Pessoa Igreja Lopes, Zaqueu Machado de Almeida, José Guiomard dos Santos, Joaquim Falcão de Macedo, Mário David Andreazza, Jarbas Passarinho, Euclydes de Oliveira Figueiredo, Sérgio Mário Pasquali, Augusto Cézar Sá da Rocha Maia, Félix Bestene Neto e Esther de Figueiredo Ferraz.
Como boa parte das placas já foram retiradas, coube a desomenagem de três, sendo as placas Edilberto Parigot de Souza Filho, Edmundo Pinto de Almeida Neto e Omar Sabino de Paula.
O professor universitário Wilisses James Farias Silva defendeu que as placas dos “desomenageados” sejam guardadas para serem expostas em um museu que poderá ser construído pela UFAC. “Sejam expostas em datas comemorativas para que a gente nunca esqueça que a ditadura esteve presente no nosso cotidiano por muito tempo”, ressaltou.
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