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Gladson diz que alguns bens arrolados pela Ptolomeu não são seus e que há interesse político na Terra Prometida

Por
Sandra Assunção

Durante a abertura da Expoacre Juruá, em Cruzeiro do Sul, o governador Gladson Cameli comentou na noite dessa quarta-feira, 30, os assuntos polêmicos envolvendo sua gestão, como a Operação Ptolomeu, o desgaste da reintegração de posse da Terra Prometida e os cortes prometidos para tentar ajustar as contas públicas.


Sobre o pedido da Polícia Federal, acatado pelo Subprocurador-Geral da República Carlos Frederico Santos, do Ministério Público Federal, para ser procedida à alienação antecipada de seus bens que foram arrolados na Operação Ptolomeu, Gladson disse que considera uma ação estranha da PGR e afirmou que alguns bens citados não são seus. “Eu sou investigado há mais de dois anos e nunca fui chamado para ser ouvido. Tem uma BMW e outro que nem são meus e essa antecipação não existe na história. Lembrando que em 30 dias haverá indicação para o novo chefe da PGR e eu questiono se tem alguém querendo aparecer. Quero que me chamem e eu vou me defender, lembrando que eu sou chefe de poder e tenho que fazer a máquina andar”, destacou.


Nas últimas semanas, inclusive entre a própria base aliada na Aleac, o governo tem recebido críticas pela condução da reintegração de posse da área conhecida como Terra Prometida, que culminou com a retirada famílias do local, na região do Irineu Serra, na capital acreana. Parte das famílias estão acampadas na Assembleia Legislativa. Gladson voltou a afirmar que existem interesses políticos envolvidos. “Estão antecipando já a eleição do próximo ano. A Polícia Militar cumpriu uma decisão da justiça e nós levamos as famílias para o Parque de Exposições e providenciamos auxílio moradia”, afirmou.


Foto: Sérgio Vale

Sem citar nomes, o governador rebateu as críticas de quem, na sua opinião, ficou 20 anos no poder e não resolveu os problemas do estado.”Eu não sou de ficar olhando pelo retrovisor, mas se for para olhar eu vou escancarar tudo que precisa. Quem me critica aí tem 40 processos e eu só sou investigado”, disse.


Um outro tema que tem suscitado o debate sobre sua gestão são os cortes anunciados como necessários para buscar manter o equilíbrio financeiro. Gladson alegou que a preocupação com o ajuste nas contas públicas é uma preocupação de todos os governadores, mas garantiu que os grandes projetos não serão comprometidos. “Quem não dá “um prego numa barra de sabão” será dispensado. Vamos cortar o desnecessário e não os projetos, não vamos cortar o que estava planejado e nem fazer terrorismo”, explicou.


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Sandra Assunção

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