“O Edison, irmão do Fábio, a Jaqueline, a viúva. Esses que eu tenho que agradecer. Essas pessoas das mais humildes […] Esse recado é especificamente para o José Pereira da Silva. A galera da Baixada[Santista]. Wellington… Wellisson e a Jaqueline. Jamais esquecerei de vocês. E vou um dia agradecer pessoalmente. Deus lhe pague por tudo que vocês proporcionaram para mim. Estou eternamente grato.”
O doador foi Fábio Cordeiro da Silva, o jogador de futebol de várzea que morreu no sábado (26), vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele sonhava em ser atleta profissional e chegou a fazer testes em grandes times, como o Palmeiras.
Segundo a família, um dos órgãos que Fábio doou foi o coração. Faustão também mandou uma mensagem para José Pereira da Silva, pai do doador:
“A única coisa que eu prometo é honrar a memória do seu filho fazendo só coisas boas.”
Entre 19 e 26 de agosto, foram realizados 13 transplantes de coração no país, sendo sete no estado de São Paulo, entre eles, o do apresentador Fausto Silva. O governo do estado não informou o nome do doador do coração para Faustão.
Faustão também falou sobre o processo de recuperação. Ele disse que já está caminhando há três dias.
“Ainda estou com a garganta meio arranhada porque eu fui entubado, mas tô bem. Mas muito disposto… já estou andando. Estou há três dias. Só isso que eu queria falar para vocês. Um beijo. Que Deus dê a vocês em dobro tudo que eu recebi. Essa benção. Obrigado”.
O apresentador também agradeceu aos fãs e contou que está “completamente recuperado”. Ele também comentou sobre a fila para a cirurgia.
“Quero agradecer as manifestações de milhões de pessoas, rezando, fazendo mandingas e torcendo pela minha recuperação. Estou com a voz ainda assim porque eu fui entubado, mas tá recuperando. Já tô andando. Terceiro dia depois que eu fui operado. Esse canhoto é um monstro. Não sinto nada. Nenhuma dor. Estou completamente recuperado. Pra que todo mundo tenha a certeza do que é um transplante. Pra vocês terem uma ideia, dos duzentos e poucos transplantes, 60 pessoas esperaram menos de um mês. Eu dei sorte também nessa fila [do transplante]”, disse.
Em outro trecho do vídeo, ele fala em conscientização sobre a doação de órgãos.
“E agora é motivar todo mundo a fazer do país o primeiro doador de órgãos do mundo. Temos que conscientizar. Não tem que ser obrigatório. Tem que ser todo mundo falar isso”, disse.
Após 72 horas desde o transplante de coração, tem a função cardíaca normalizada e estável, informa boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein na quarta-feira (30).
“O paciente Fausto Silva continua evoluindo dentro do esperado. Está se comunicando normalmente e se mostra muito disposto, após 72 horas desde a realização do transplante de coração, ocorrida no último domingo, no Hospital Israelita Albert Einstein. A função cardíaca está normalizada e estável e, hoje, foram retirados o dreno e alguns cateteres, além de o paciente ter iniciado a fisioterapia.”
Um dia antes, na manhã da terça (29), ele foi extubado e passou a respirar sem auxílio de aparelhos, segundo o hospital. A cirurgia para o transplante cardíaco foi realizada no domingo (27).
“Após transplante de coração realizado no último domingo (27/08), no Hospital Israelita Albert Einstein, Fausto Silva foi extubado hoje pela manhã e respira sem auxílio de aparelhos. O paciente está consciente, conversa normalmente e apresenta boa função do coração. Permanece na Unidade de Terapia Intensiva”, afirmava o comunicado.
No dia seguinte do transplante (segunda-feira) o boletim médico já informava que as funções do novo coração estavam de acordo com o esperado.
“O paciente Fausto Silva, que foi submetido ontem, dia 27 de agosto, a um transplante de coração no Hospital Israelita Albert Einstein, permanece na Unidade de Terapia Intensiva sob sedação e respirando com auxílio de ventilação mecânica. Seu estado clínico é estável e as funções do coração estão de acordo com o esperado para as primeiras 24 horas”, diz boletim assinado Dr. Fernando Bacal, cardiologia.
Faustão ocupava o segundo lugar na fila de espera por um coração, segundo a Central de Transplantes do Estado de São Paulo.
A equipe médica responsável por Faustão recebeu a oferta do órgão na madrugada deste domingo (27). Segundo o Ministério da Saúde, o apresentador foi priorizado na fila de espera em razão de seu estado de saúde, que era considerado grave.
No caso do transplante de coração, a ordem de prioridade da fila de espera é definida com base na gravidade do quadro do paciente. (veja mais abaixo)
“A seleção gerada para a oferta do coração deste receptor, através do sistema informatizado de gerenciamento do sistema estadual de transplantes, trouxe 12 pacientes que atendiam aos requisitos. Destes, quatro estavam priorizados, sendo que o paciente ocupava a segunda posição nesta seleção”, afirmou a Central de Transplantes do Estado de São Paulo.
A equipe médica do paciente que ocupava a primeira posição decidiu pela recusa do órgão e, desta forma, a oferta seguiu para o segundo paciente da seleção, que era o apresentador.
Faustão tem o tipo sanguíneo B, segundo a Central. O tempo de espera por um transplante de coração, para potenciais receptores desse grupo é de 1 a 3 meses.
No caso do transplante de coração é considerada a gravidade do quadro do paciente para definir a ordem de prioridades na fila.
Quem necessita de internação constante (com uso de medicamentos intravenosos e de máquinas de suporte para a circulação do sangue) tem prioridade em relação à pessoa que aguarda o órgão em casa, por exemplo. A espera não leva em conta se o paciente fará a cirurgia em um hospital público ou na rede particular.
O primeiro passo é o médico responsável cadastrar o paciente na lista única de transplantes. A lista é gerida e organizada pela Secretaria Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde.
Veja abaixo um resumo de como funciona o processo, com informações do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
A lista funciona por ordem cronológica de cadastro, ou seja, por ordem de chegada;
Também é levado em consideração a gravidade do quadro – quem necessita de internação constante (com uso de medicamentos
intravenosos e de máquinas de suporte para a circulação do sangue) tem prioridade em relação à pessoa que aguarda o órgão em casa;
tipo sanguíneo – um paciente só pode receber um órgão de um doador que tenha o mesmo tipo sanguíneo que ele;
porte físico – alguém alto e mais pesado não pode receber o coração de um doador muito mais baixo e magro que ele;
e distância geográfica – o órgão precisa ser retirado do doador e transplantado no receptor em um intervalo de até 4 horas, isso é chamado de tempo de isquemia, o tempo de duração deste órgão fora do corpo, ou seja: não é possível fazer a ponte entre duas pessoas que estejam muito distantes uma da outra.
o tempo de isquemia, inclusive, determina se um carro ou avião será usado para o transplante, com custos arcados pelo SUS;
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