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Um candidato perigoso

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

Nem passamos ainda pela eleição municipal, mas já se discute a eleição de 2026 para o governo. Um nome certo que deve disputar o Palácio Rio Branco, é o do senador Alan Rick (UB). Alan fez dois mandatos de deputado federal produtivos, e engajado em lutas como a questão da regularização profissional dos médicos formados fora do país. Se elegeu senador enfrentando o candidato ao Senado do governador Gladson, o Ney Amorim.


Como senador tem deixado de lado a questão ideológica — foi um apoiador da candidatura de Bolsonaro — e batido nas portas dos ministérios na busca de recursos para obras no estado e municípios. Tem sido linha de frente na luta para liberação de linhas de voos internacionais para o estado, como forma de diminuir o valor das passagens aéreas. Tem defendido também como medida para reduzir as tarifas, que o governo federal subsidie o querosene de aviação para a Amazônia.


É cedo para fazer qualquer previsão, estamos muito longe da campanha de governador. Mas se pode dizer que o senador Alan Rick (UB) não será um adversário fácil de ser batido. Um candidato perigoso para qualquer oponente.


NÃO VAI MUDAR NADA


Não é por falta de ação contrária de parlamentares federais, como os senadores Alan Rick (UB) e Sérgio Petecão (PSD), que os voos para o Acre foram reduzidos e temos as passagens mais caras do país. Conversas com ministros, protestos, nada disso adiantou e nem vai mudar o quadro. A questão é de mercado e sem uma intervenção do governo federal, não adianta protestar, porque o subsídio passa pela política econômica do Lula. Quem libera para aumentar toda a semana a gasolina e o diesel, não vai dar subsídio para o querosene de aviação para a Amazônia, e nem vai se preocupar com o Acre. Viramos o fim da linha.


CPI DAS PASSAGENS


O deputado federal Roberto Duarte (REPUBLICANOS) está em fase de coleta de assinaturas para instalar uma CPI, e buscar explicações do problema e meios para baixar o preço das passagens e aumentar o número de voos. Louvo a sua iniciativa de buscar a solução, mas não creio que conseguirá sucesso. Uma CPI não teria o poder de mudar o panorama.


SEM ISSO É COMPLICADO


Conversando ontem com um influente dirigente do PP, sobre a candidatura do secretário Alysson Bestene (PP) à PMRB, este foi pragmático na sua colocação: “Se o Gladson não reunir todos os partidos da aliança na sua campanha e apresentar o Alysson como seu pré-candidato oficial a prefeito e pedir empenho, decolar será complicado”. No que concordo, já que a voz mais alta no PP é a do governador Gladson. Mas, sou cético de que isso venha a ocorrer.


NÃO É NENHUMA MARAVILHA


O governo do Gladson não é nenhuma maravilha – no máximo feijão com arroz – mas as pesquisas têm mostrado ao longo do seu mandato, que nada abala a sua aceitação popular. Dança com uma velhinha alí, dá um carão público num secretário acolá, faz caras e bocas mais adiante, e quando vem qualquer pesquisa sua popularidade está no alto. O seu carisma suporta todas suas omissões. Merece um estudo sociológico.


ENTUPIRAM DE COMISSIONADOS


A bolha econômica do governo tinha que explodir. Entupiram de comissionados, bancaram feiras agropecuárias e festivais pelos municípios, e de onde se tira e não se coloca um dia os recursos acabam. O resultado são as medidas austeras anunciadas pelo governador Gladson, para fechar o ano pagando o funcionalismo em dia.


JOGANDO TUDO NO PROJETO


O prefeito Tião Bocalom joga o seu futuro político na sua promessa de construir 1001 casas em um só dia, em data a ser marcada para o próximo mês de maio. Se conseguir terá um trunfo para a sua campanha de reeleição, se não conseguir, ele dará uma bandeira poderosa para os adversários políticos explorarem.


O JOGO É BRUTO


A oposição combina de lançar apenas uma candidatura para a prefeitura de Brasiléia. Ainda assim, não será fácil derrotar a candidata Suly Guimarães, apoiada pelos irmãos; o deputado Tadeu Hassem (REPUBLICANOS), e a prefeita Fernanda Hassem. O jogo é bruto.


EXISTE O COMPONENTE


Faz sentido o governador Gladson advertir aos empresários que estão atrasando obras, que vai rescindir seus contratos. A questão não é contratar ou deixar de contratar empresas regionais, ou de fora, mas sim que a contratada tenha capacidade técnica de tocar as obras dentro do cronograma. Isso é o que importa ao poder público.


SEM CONTROLE


Novo aumento de gasolina e diesel. Quando sobe o diesel sobe o frete para o Acre, o que eleva a cesta básica de alimentos. O mal do Lula foi prometer um combustível barato se ganhasse a eleição. Ganhou e os preços continuam a disparar.


SERÁ CANDIDATA


“Luiz Carlos, a Jéssica Sales não é candidata a prefeita de Cruzeiro do Sul, é candidatíssima”. Postagem enviada por um dos caciques do MDB.


PEQUENAS, MAS DESGASTAM


Primeiro, os músicos do senadinho entraram em greve por estarem há três meses sem receber. Agora são os músicos que tocaram no carnaval reclamando que não receberam. Isso desgasta e ofusca o trabalho do presidente da Fundação Cultural, Minoru Kinpara, porque são coisas pequenas, e que minam a imagem do governo do estado na mídia.


GANHARIA O GOVERNO


O governo do Gladson já fez investimentos na Rádio Difusora Acreana, mas menos do que deveria ter feito. Se a RDA tivesse o aumento da potência dos seus transmissores e seu parque tecnológico fosse modernizado para alcançar todo o estado, quem ganharia em termos de comunicação seria o governo.


OU UNE OU VAI PARA A BALSA


Em Epitaciolândia, onde não tem segundo turno, se a oposição não se unir em torno de uma candidatura a prefeito, a chance do prefeito Sérgio Lopes se reeleger aumenta e muito.


AINDA SEM NOME


Ainda não tem um nome fechado na oposição em Plácido de Castro, para enfrentar o prefeito Camilo (PP). Na campanha passada, mesmo sendo do PSD, deixou o senador Sérgio Petecão (PSD) de lado e pulou no colo da candidatura de Gladson.


MESMO NICHO


Potenciais candidatos ao governo em 2026, a vice-governadora Mailza Assis, e o senador Alan Rick (UB), disputam apoio majoritário no meio evangélico. A Mailza leva a vantagem em cooptar Pastores, por estar na máquina e ter como lhes abrigar em cargos.


QUANDO O POVO QUER…..


Os governos da FPA eram organizados politicamente. Os secretários eram moldados para fazer política e não apenas serem técnicos. Por isso é que ficaram 20 anos no poder. Mas quando o povo quis tirar a FPA do poder, nem a máquina segurou. Quando o povo quer mudar atropela todos os esquemas de quem está no poder.


PASSA PELO CRIVO


Todo movimento político da vice-governadora Mailza Assis passa antes por uma conversa com o seu chefe de gabinete, Rennam Biths, que é um assessor da sua mais extrema confiança. Rennam é um quadro preparado na política, com passagem pelo centro do poder da FPA.


BOM DOMINGO


Um bom domingo para todos e fiquem na paz de Deus.


FRASE MARCANTE


“Quando o gato se entende com o rato, o dono do armazém está falido”. Ditado iraniano.


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Luis Carlos Moreira Jorge

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