Com redução de 75% no primeiro semestre de 2023, o Acre é o que mais conseguiu reduzir o desmatamento entre os Estados amazônicos. No entanto, a situação no entorno do Estado é preocupante, uma vez que, segundo o Imazon a região conhecida como Amacro (junção de Amazonas, Acre e Rondônia) é onde mais se desmata atualmente na Amazônia-e isso não é de agora, mas desde que foi instituída, a nova zona de desenvolvimento tem sido palco corriqueiro de ilícitos ambientais.
“Segundo Estado que mais destruiu a Amazônia entre janeiro e junho, o Amazonas sofre com o avanço do desmatamento nos municípios do sul, principalmente na divisa com Acre e Rondônia, região chamada de Amacro. É lá que ficam cinco dos 10 municípios que mais desmataram a Amazônia no primeiro semestre: Apuí, o líder do ranking, Novo Aripuanã, Canutama, Lábrea e Manicoré”, afirma o relatório do Imazon, um balanço do primeiro semestre na Amazônia.
“Apenas esses cinco municípios foram responsáveis por 76% da derrubada da floresta registrada no Amazonas nos primeiros seis meses deste ano”, alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.
Por causa dessa pressão no sul, o Amazonas também foi o estado que teve o maior número de assentamentos entre os 10 mais desmatados da Amazônia, cinco. Além disso, três das terras indígenas amazonenses ficaram entre as 10 mais destruídas da região: a Tenharim Marmelos (Gleba B), líder do ranking, a Andirá-Marau, que também fica no Pará, e a Sepoti.
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