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Falta de quórum inviabiliza votação de decreto que suspende carona de R$ 24 milhões

FOTO: Sérgio Vale/ac24horas


Por falta de deputados suficientes, não houve condições para que a Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) votasse o decreto legislativo proposto pelo deputado Eduardo Ribeiro (PSD).


A proposta surgiu após o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) apresentar, durante discurso na sessão desta quarta-feira, 23, documentos que comprovam carona da Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esportes (SEE) na contratação de uma empresa do estado do Maranhão para reforma de escolas no interior do Acre no valor de R$ 24 milhões.


A carona foi considerada pelos deputados, inclusive pela líder do governo na Aleac, Michelle Melo (PDT) como um prejuízo às empresas acreanas.


“A gente recebe aqui representantes da indústria e do comércio reclamando que estão quebrados e aí vem o governo e pega carona. Empresa nenhuma vem do Maranhão para reformar escolas no interior do Acre, o que vão é sublocar e se acontecer algum problema essas pequenas empresas é que vão arcar com os prejuízos. É um desrespeito à economia local”, denunciou Edvaldo.


Michelle Melo disse que a posição adotada pela SEE não é mesma do governador Gladson Cameli. “Eu já ouvi do governador que ele é contrário à carona, que é preciso fazer a licitação. Não sei o que aconteceu, mas quando trazemos uma empresa de fora nós não beneficiamos as nossas empresas. O governador não quer carona”, disse.


Há informações de bastidores de que a articulação política do governo se movimentou para evitar que a sessão ordinária tivesse quórum suficiente para aprovação do decreto legislativo. O número exigido é de maioria absoluta, ou seja, de pelo menos 13 deputados. Apenas 10 parlamentares estavam presentes na hora que deveria acontecer a votação.


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