Foto: Montagem de Thay Lima em Photoshop
Após a publicação de artigo sobre o caso do ex-funcionário da Universidade Federal do Acre, UFAC, que disse ter sido treinado pelo governo para contatar alienígenas, em 1981, conseguimos apurar outros detalhes da história que antes não eram conhecidos.
Procurado pela reportagem, o historiador Francisco Bento, da Ufac, diz que hoje se sabe que, no período dos supostos acontecimentos, de 1981 a 1985, a instituição era repleta de informantes, que passavam informações à ditadura militar, que tinha grande interesse no que se dizia nas salas de aulas dos centros de formação de intelectuais. Isto é, as universidades.
No entanto, as documentações sensíveis do período eram armazenadas em Brasília, o que nos impossibilita de analisar o primeiro ponto da acusação do ex-funcionário da universidade, Edgar José Granzotto, de que ele havia sido convocado para prestar serviço numa reunião entre o Serviço Nacional de Informações e a Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. Em uma matéria do jornal Diário do Acre, de 1983, uma matéria citava Edgar Granzotto como membro da Associação Acreana de Cinema – ASACINE, que tinha como outros integrantes Binho Marques, Adalberto Dantas, Silvio Margarido, e outros. Entramos em contato com Silvio Margarido, que nos disse:
“Edgar era o cara que mais tinha conhecimento técnico do grupo, porque tinha uma formação e sabia operar vários modelos de câmera fotográfica, filmadoras, e tinha habilidades artísticas também. Era uma pessoa aberta, companheira, mas nos últimos anos, teve um problema mental – me parece esquizofrenia -, que dizia ter contato com extraterrestres”, disse Silvio Margarido.
“Ele me levou, junto com uma namorada dele, até a estrada do Quixadá, no carro dele. No carro, ele me disse: eu tenho contato direto com seres extraterrestres. Se eu pedir para eles se apresentarem para você, eles falam, e se propôs a mostrar para mim. Eu fui, naquele lugar onde ficavam umas antenas. Ele parou o carro, saiu e disse: estou aqui, podem aparecer, eles são de confiança, ele é meu amigo e acredita, me mandem pelo menos um sinal’, mas não apareceu nada, não aconteceu nada. Ele disse que os extraterrestres não quiseram aparecer, e aí ficou pra lá”, contou Silvio Margarido.
Saiba mais sobre o caso do ex-funcionário da Ufac que disse ter sido treinado pelo governo para contatar alienígenas e teve o caso classificado como “confidencial” pelo Serviço Nacional de Inteligência: https://ac24horas.com/2023/08/20/seringal-astral-chama-atencao-da-ditadura-militar/
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