A advogada, Helane Cristina, participou nesta segunda-feira, 21, do Podcast da Jô, ao vivo pelas redes sociais do ac24horas. A profissional comentou momentos de sua vida pessoal e casos polêmicos que marcaram a sua carreira e ficaram conhecidos no Acre.
A ex-cobradora de ônibus destacou que conheceu a advocacia durante o processo de guarda dos filhos contra o ex-marido, em que na época, não tinha ainda nem terminado o ensino médio.
“Yacult Ayache foi a minha inspiração e me ajudou nessa época. Ela me defendeu de uma forma materna, lutou e acreditou em mim. Aí eu perguntei para ela o que eu precisava para trabalhar igual a ela. Eu era apenas uma menina de 23 anos e tinha certeza que as pessoas precisavam de mim, como eu precisei dela”, afirma.
Com mais de 1300 processos, e vários fora do Estado, ela fala dos problemas que já passou na atuação, mas que muitas vezes, o pior mesmo é esperar pela justiça. “Tem que ter coragem para todos os dias você lhe dar com a morosidade da justiça, estar lá no balcão implorando para que o seu processo ande, ficar pedindo para um desembargador despachar, enfrentar vários nãos e os tropeços da advocacia”.
Cristina comenta sobre o caso do ex-sargento Neri, em que no início ela fazia a defesa dele, mas precisou passar para outro corpo de advogados, porque entrou na disputa política. Ela destaca que continua acreditando na inocência do ex-agente policial.
“Não entro em um caso dizendo que a pessoa é inocente se ela não for. Então tem provas e vídeos, onde ele antes de atirar, aponta a arma e manda o rapaz se abaixar, mas ao contrário disso, o rapaz vai para cima dele e acontece o tiro. E ele ainda apanha, antes disso, de cinco amigos do homem. E tem tudo isso nas filmagens. Foi legítima defesa em duas vezes”, revelou.
Helane, que tem 10 anos de experiência na advocacia, também defende o uso de arma por policiais quando eles estiverem de folga, tema que vem sendo discutido recentemente na cidade.
“O policial é policial a todo momento, então ele sempre tem que estar armado. Precisamos entender que antes de atirar, ele passa por todas as provas necessárias e se ele não é apto, tem que tirar a arma. Se existe algum desse profissional que tem problemas psicológicos, cabe ao Estado a dar essa assistência, pois é um dever por obrigação”, informou.
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