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Marcus Alexandre evita críticas a Bocalom e garante que pretende focar em habitação e geração de emprego

O ex-prefeito Marcus Alexandre, agora no MDB, foi o entrevistado do programa Bar do Vaz nesta terça-feira, 15, e falou abertamente sobre o futuro político e que não há arrependimento em ter deixado o Partido dos Trabalhadores após 20 anos de trajetória – tendo sido, inclusive, eleito prefeito da capital por dois mandatos.


Acerca do período afastado dos holofotes, Marcus disse que esse isolamento ocorreu por conta do trabalho que vinha exercendo no TRE, na gestão do ex-presidente do órgão, desembargador Francisco Djalma. “Foi um período que fiquei recolhido desde o fim do ano passado, foi uma decisão pessoal, estive um tempo trabalhando no Tribunal Regional Eleitoral, sou servidor do Estado e cumpri minha missão. Naquele período não fazia sentido eu dar entrevista e ficar me manifestando”, conta.


Questionado sobre a ruptura com seu ex-partido, o PT, Alexandre reconheceu não ter sido uma tarefa fácil, porém contou que não há arrependimento de sua decisão. “A vida é feita de ciclos, a amizade não tem prazo de validade, por onde passei fiz muitos amigos. Não foi uma decisão fácil, mas não sou de me arrepender das decisões que tomei. Sempre fui leal ao projeto que estava, dei minha contribuição, mas é isso, o ciclo se encerrou”, explicou.


Indagado pelo jornalista Roberto Vaz, sobre se de fato o PT saiu de suas raízes para o ingresso no MDB, o engenheiro disse que as narrativas são opiniões pessoais, principalmente dos adversários políticos. “Isso é uma decisão de vida, a camisa que estou vestindo é a do time que estou jogando, então, cheguei [MDB] com o coração e os dois pés, estou lá no MDB e já participei de conversões municipais. A minha contribuição é de construção partidária, entrei para somar. Eu fui um prefeito que governei mais perto possível da população, eles são o chefe, o povo”, comentou.



Marcus, de forma franca, não se esquivou ao ser indagado quando havia comunicado sua saída do PT ao ex-senador e presidente da Apex, Jorge Viana. “Foi no fim do ano quando tive que ir ao TRE e essa decisão teria que vir acompanhada da desfiliação. Eu entrei pela porta da frente e sai pela porta da frente, não tinha porque não comunicar a essas pessoas que eu tinha amizade”.


Lembrado pelo bom trabalho dos terminais de integração ainda na sua gestão, Alexandre não quis fazer críticas ao prefeito Tião Bocalom, porém, citou o abandono dos terminais. “A avaliação da gestão do atual prefeito [Tião Bocalom] é a população quem vai fazer. Me dói o coração passar naquele terminal de integração do Xavier Maia e ver fechado, passar no São Francisco e ver fechado, em saber que na Cidade do Povo o terminal não funciona mais. De ver que a integração que o sistema que tinha GPS em todas as frotas, tinha aplicativo, baixamos a passagem para os estudantes, agora esse é um debate que será feito ano que vem e a população quem vai avaliar. Eu estou pronto para os desafios e vamos apresentar soluções concretas”, mencionou, alfinetando as narrativas do atual gestor. “Algumas coisas que não tínhamos visto, algumas narrativas, nunca na história, nunca aconteceu, mas, o povo tá vendo tudo e eu torço para que as coisas melhorem”, citou.


Marcus não revelou seu plano para a sua candidatura em 2024, mas, garantiu que deverá focar no esporte, geração de emprego e habitação na capital. “Estou estudando boas práticas que as capitais vem fazendo nos últimos anos, me preocupo com a geração de emprego, a construção civil vai ter que entrar e pode ajudar, mas não só isso. A juventude tem que estar conectada e ser acolhedora na área do esporte. Na minha gestão, tínhamos o Copão, no inverno tínhamos em locais fechados”, argumentou.


Alexandre contou que, caso eleito, vai assumir a responsabilidade do Saerb na capital, nas, realizando investimentos. “Assim, acho que responsabilidade a gente não transfere e uma vez na prefeitura, vamos fazer o trabalho que tem que ser feito. O Saerb tem uma equipe boa, mas não é um trabalho fácil”.



O caótico sistema de transporte coletivo também foi tema do bate-papo e Marcus disse que o problema que causou a retirada das empresas antigas começou na pandemia. Segundo ele, uma solução seria a publicação de um contrato definitivo com uma empresa que assuma o problema em Rio Branco. “Essa diferença haveria uma compensação, a Socorro tentou fazer e a Câmara não aprovou, o Bocalom assume e encampa e decide cancelar os contratos, nós tínhamos uma empresa em situações difíceis, mas outras estavam bem. Esse processo tirou todo mundo e temos um contrato precário que é esse vigente. Mas, passa por um contrato legitimado. O contrato precário quem tá nele não vai investir. O setor privado precisa de previsibilidade. A solução seria ter dois contratos, ou três, isso é a gestão quem vai dizer”, afirmou, defendendo uma boa relação com o Poder Legislativo do município. “Tem que ter uma boa relação, todos os projetos são aprovados lá”, ressaltou.


Marcus, questionado sobre o programa 1.001 dignidades da atual gestão, não se mostrou confiante na execução e ainda defendeu residências de alvenaria ao invés de madeira. “Tem que prometer menos e fazer mais. Se o poder público vai construir é melhor planejar e contribuir de alvenaria. O programa habitacional deve ser constante, todo ano poderíamos construir mais. Eu defendo que as políticas habitacionais têm que ser continuadas e movimentar a economia”, argumentou.


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