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Calixto estranha “guerra” por parte do MTST e descarta ato violento do Estado

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O secretário adjunto da Secretaria de Governo, Luiz Calixto, único no governo com o poder de fala sobre o assunto das invasões nos bairros Irineu Serra e Defesa Civil – segundo a assessoria da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, disse que, por parte do Estado, não haverá nenhum ato de violência no cumprimento de reintegração de posse de duas invasões que assentam, juntas, mais de 600 famílias. Segundo ele, o governo vê com estranheza a declaração do MTST de que o cumprimento do mandado causará uma guerra. “Da parte do Estado não haverá nenhum ato de violência. Estranhamos a declaração do MTST em declarar guerra”, disse.


A ocupação de dois hectares no bairro Defesa Civil assenta 109 famílias, segundo os moradores, que tem como porta-voz o coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores sem Terra, Jamir Rosas. Na manhã desta segunda-feira, 14, Jamir afirmou que caso a polícia aja para retirar os moradores de casa em cumprimento a reintegração de posse, “haverá guerra”: “Vamos deixar claro. Se eles entrarem aqui, haverá guerra, ninguém vai sair de casa, vai ter morte, vai ter prisão. Ninguém vai sair daqui sem lutar. Se preparem para levar todo mundo preso, das crianças aos velhos”, afirmou. Próximo dali, no Irineu Serra, cerca de 500 famílias ocupam outra área, de 3 hectares, onde o governador Gladson Cameli, segundo moradores, em época de campanha, teria prometido que não permitiria a execução de mandado de reintegração de posse. Ambas invasões estão em território do Governo do Estado, onde foi anunciado a criação de um Centro Administrativo, depois a construção de um conjunto habitacional, mas nada saiu do papel.


Na tarde desta segunda, Luiz Calixto disse à reportagem do ac24horas que o governador Gladson Cameli jamais fez promessas quanto a permanência dos assentados. “O Estado cumpriu todas as exigências da justiça, disponibilizou aluguel social para todos. O governador deixou claro que a área seria reintegrada, sempre sendo muito claro: havia um processo de reintegração. Foi ofertado área na Cidade do Povo, o que foi recusado”, disse Calixto.

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Ainda segundo Calixto, em conversa com os moradores da invasão Terra Prometida, apenas três famílias aceitaram receber aluguel social. Ele também disse que há levantamentos da assistência social que indicam que “muitos” tem imóveis. “Tem casos específicos de famílias que, de fato, precisam, e para estas, o governo deverá encontrar uma solução imediata. 3 meses de aluguel serão concedidos indistintamente, sem a necessidade de comprovação de necessidade”, finalizou o secretário.


Durante o fim de semana, numa rede social, Gladson comentou rapidamente o assunto numa live sobre o dia dos pais: “Tô vendo aqui uns comentários… aqui é um momento de felicidade. [Estou vendo aqui] perguntas que eu não tenho resposta pra falar, mas hoje eu vou falar mesmo: Terra Prometida, que Terra Prometida? Tudo o que foi prometido foi cumprido”, disse.


Segundo informações obtidas por moradores do Terra Prometida e repassadas ao ac24horas, está marcada para a manhã desta terça-feira, 15, o cumprimento de mandado de reintegração de posse na invasão do Irineu Serra.


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