Investigadores da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) foram até o Complexo Penitenciário de Rio Branco cumprir um mandado de prisão em desfavor de Vanderson Jonas do Nascimento, o “Marujo”, que já estava preso por crime de roubo qualificado.
Ele é acusado de na manhã do último dia 12 de julho ter feito um disparo de escopeta que matou o adolescente Júnior Henrique de Miranda, de 15 anos, que foi atingido na cabeça.
A Polícia Civil descobriu que o Tribunal do Crime que condenou o estudante era formado unicamente por adolescentes. Três deles já estão detidos.
De acordo com o que foi apurado, numa brincadeira, Júnior Miranda teria feito um sinal com dois dedos, cujo gesto foi gravado por um amigo, e também em tom de brincadeira colocou nas redes sociais.
Membros da facção rival que tem domínio no bairro Santa Inês viram e ficaram certos de que o menor era faccionado. Foi formado um Tribunal do Crime só por adolescente, que votaram pela execução de Júnior Miranda.
Wanderson Jonas do Nascimento, o “Marujo”, matador oficial da organização criminosa, foi designado para cumprir a pena de morte. Três adolescentes que tinham participado, inclusive do julgamento, foram encarregados de levar Júnior Miranda para o local da execução, um beco que liga os bairros Santa Inês e Recanto dos Buritis. Sob a alegação que iriam apenas ter uma conversa, estes levaram o estudante até um trapiche, onde “Marujo” o executou com um tiro de escopeta na cabeça.
Dias depois, Vanderson Jonas do Nascimento, o “Marujo”, foi preso em flagrante por crime de roubo qualificado, sendo recolhido ao presídio, depois de ter passado pela audiência de custódia. Depois de fechar as investigações, o delegado Alcino Júnior, na DHPP representou pelas internações dos menores e a prisão preventiva do assassino, cujo mandado foi cumprido em uma das celas do Complexo Penitenciário de Rio Branco, onde “Marujo” já estava preso.