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Prefeitura de Rio Branco protocola ação para por fim a greve da educação

Por
Whidy Melo

A Prefeitura de Rio Branco convocou coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 10, no auditório da Secretaria de Gestão Administrativa (SMGA), para anunciar que ingressou com ação judicial pedindo reconhecimento de abusividade da greve de profissionais de apoio de escolas municipais, que vem paralisando cerca de 20 creches e escolas na capital.


No dia 14 de julho, após deliberação em frente ao prédio da Prefeitura de Rio Branco, no centro da capital, serventes, merendeiras, vigias e cuidadores educacionais, agitados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (SINTEAC), decidiram pela deflagração de greve no dia 19 do mesmo mês. O movimento exige que o aumento de 14,95% que foi dado aos professores formados em magistério seja estendido aos demais funcionários de escola.


10 dias após a primeira manifestação, em 24 de julho, grevistas tentaram forçar a entrada na Prefeitura, gerando tumulto. O prefeito Tião Bocalom saiu às pressas do prédio, sendo escoltado por seguranças em um carro pela contramão na Av. Getúlio Vargas.


Em razão da greve e do que a prefeitura considera fatos agravantes, o secretário municipal de Gestão Administrativa (SMGA), Jonathan Santiago, anunciou que a prefeitura de Rio Branco ingressou ontem, 9, com uma ação judicial pedindo o reconhecimento da abusividade da greve dos servidores de apoio. Segundo ele, mesmo não sendo possível afirmar que motivação da greve seja partidária, está claro que se trata de um movimento político, e não descarta que o movimento tenha relação com a aproximação das eleições em 2024: “na política tudo é possível, porque de cunho econômico não é, estou aqui mostrando em números. “, disse.


Jonathan ressaltou ainda que o pedido judicial se dá porque a greve, segundo ele, não atende aos requisitos de uma paralisação legal. “Nos 8 anos da gestão anterior a Bocalom, os servidores tiveram 5% de ajuste em 2014, depois 34% em 2017. Em dois anos e meio de gestão, já foram 49% somente no vencimento base, fora a redução da jornada de trabalho de 35 horas para 30. Tudo isso representa ganhos. Então quando esse movimento está em greve, entendemos que é uma greve sem fundamento legal, social, jurídico e econômico. Ontem ingressamos com a ação, que já foi distribuída ao Tribunal de Justiça, estamos aguardando. A Procuradoria Geral do Município pede o reconhecimento de abusividade da greve, para os servidores retornarem. Eu agradeço aos servidores que mesmo incentivados, puxados, constrangidos pelo sindicato a aderir à greve, entenderam que não era o momento”, afirmou.


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Whidy Melo

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