A sessão da Assembleia Legislativa desta quarta-feira, 9, foi marcada pela pauta dos atrasos dos salários dos trabalhadores terceirizados. O primeiro a tocar no assunto, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse que qualquer deputado que visitar órgãos públicos em Rio Branco e no interior será chamado ao lado para ouvir reclamação de salários atrasados dos trabalhadores terceirizados.
Conforme o oposicionista, o fato é que no centro do debate o governo do Estado está sacrificando os trabalhadores porque não paga as empresas e estas não pagam os terceirizados. “Há casos de empresas inviabilizadas e a pergunta é: quais são as medidas que estão sendo tomadas?”. Para Edvaldo, o governo seleciona mês a mês qual empresa vai receber o pagamento porque não há mais recursos. Assim, esse debate tem se trazido à Aleac. “Todos os indícios que chegam para nós é que há atrasos gritantes, impedimentos de pagamentos e agora está faltando dinheiro para aqueles legalmente podem receber”.
Já o representante da classe, deputado Fagner Calegário (Podemos) afirmou que os salários atrasados nas terceirizadas chegou a um ponto insustentável. “As secretarias estão devendo as terceirizadas, que não tem mais saúde financeira para segurar os gastos do mês”, afirmou, denunciando a falta de repactuação dos contratos.
Existem empresas que não tem mais as certidões exigidas para receber os pagamentos e é necessário que os gestores públicos ajudem a resolver, defendeu o Calegário que quer a presença dos principais secretários para debater a situação na Aleac. Para ele, os atrasos salariais são crise humanitária no Acre. “Os terceirizados são tão importantes quanto os concursados”.
O presidente em exercício da Aleac, deputado Pedro Longo (PDT), acatou convidar os secretários para debate na comissão de Serviço Público na próxima terça-feira, 15.
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