A possibilidade de um novo ataque entre membros de facções criminosas em presídios no Acre preocupa presos que estão no pavilhão denominado “Chapão” do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde (FOC).
O temor de uma nova carnificina como a que ocorreu no mês passado no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, que terminou com a execução de cinco detentos que tiveram as cabeças decepadas por rivais de outra facção criminosa, é dos próprios detentos.
O medo foi levado ao conhecimento do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) por familiares e advogados dos detentos presos no pavilhão e que estariam sendo ameaçados por membros de uma outra facção.
A grande preocupação é a quantidade de policiais penais que fazem a segurança do pavilhão. A denúncia, confirmada pelo MPAC, é a de que apenas 10 policiais estariam tomando conta de seis pavilhões com cerca de 1,5 mil presos, o que é considerado bem abaixo do contingente ideal para garantir a segurança.
“É muito preocupante diante do que aconteceu no Antônio Amaro, que é um presídio de segurança máxima. Os próprios reeducandos do “Chapão” afirmaram que reeducandos do Pavilhão “R” que levam a comida seriam de outra facção e isso é uma grave preocupação para não testemunharmos uma nova carnificina”, afirma Tales Tranin, promotor de justiça da 4ª Promotoria Criminal que tem como uma das atribuições a fiscalização dos presídios em Rio Branco.
O promotor expediu um comunicado ao Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN) para que a segurança no local seja reforçada.
Na última semana, ainda como resultado da rebelião que terminou com a morte de cinco detentos, o governo anunciou a exoneração de Glauber Feitoza e a nomeação de Alexandre Nascimento no comando do IAPEN.
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