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Como serão as manhãs de setembro?

O chefe da Defesa Civil de Rio Branco, Cláudio Falcão, lamenta que há mais de 40 dias não chove na capital do Acre. No mesmo diapasão, milhares de acreanos sem voz vão às redes sociais gritar contra o fumaceiro deste começo de agosto.


A fumaça não está só no que os acreanos consideram um inferno de verão: poeira, calor, fogo para todo lado tornam a vida difícil na capital e vários municípios onde há descontrole ambiental.


Os mapas do LabGama, unidade da Ufac, confirmam esse “inferno” pela baixa qualidade do ar, notadamente no Vale do Acre, sendo que os municípios em fronteira com a Bolívia encontram-se em pior situação.


Os acreanos escutam sobre operações contra ilícitos ambientais e até decretação de emergência, olham para as esquinas e enxergam campanhas contra as queimadas, mas no dia a dia, sentem que está difícil respirar. A ciência fala em mudanças climáticas, El Níño ninja e coisas do tipo. Enquanto isso, unidades de saúde lotam de crianças e idosos com problemas respiratórios.


O que está sendo feito é pouco. Há muito entusiasmo e autoafago no meio ambiental e pouco, pouquíssimo, resultado prático. Se houvesse, o prenúncio de um setembro pior não estaria sendo aventado.


Ou seja: se está ruim em agosto, que os acreanos se preparem para setembro, auge do verão amazônico, pois seu governador e prefeitos são omissos e seus gestores consideram que está tudo certo: banners, outdoors, entrevista aqui e acolá… de vez em quando uma canetada e o céu fica azul, o ar limpinho…


O comecinho de agosto marcou 40 dias sem chuva sobre Rio Branco. Se a Natureza abandonar o Acre, soma-se isso à omissão do poder público e aí vem a pergunta: como serão as manhãs de setembro?


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