Em entrevista para o ac24horas e Ecos da Notícia, neste domingo, 30, na Expoacre, a superintendente da Polícia Rodoviária Federal do Acre (PRF/AC), Liege Lorenzett Vieira, e a diretora de Direitos Humanos, Michele Wolter, falaram da campanha “Coração Azul”, que trata do combate ao tráfico de pessoas.
Na ocasião, foi informado dicas para que as pessoas não caiam no golpe, que envolve uma série de crimes, traumas, desaparecimento e até mortes.
“Nas nossas estradas, além de passar muitas riquezas, também trafegam muitos crimes. E o tráfico de pessoas é o terceiro mais rentável do mundo. Algo que mexe com o ser humano de forma muito cruel, porque a pessoa vai por um engano, achando que é uma proposta enorme, às vezes um emprego lucrativo e vantajoso, em outro estado ou outro país e se depara com um crime”, disse Vieira.
De acordo com a orientação das duas profissionais, é preciso sempre estar atento as propostas e as condições ofertadas, e, principalmente, desconfiar de quem e o que está sendo argumentado.
“É preciso desconfiar. As histórias são na maioria das vezes com a conversa para meninas serem modelos, emprego bom, dizendo que você é uma menina bonita, que vai ganhar muito dinheiro. Então mexe com o sonho da pessoa”, afirmou.
Ainda de acordo com ela, os meninos jovens são convidados para jogar futebol, já para os adultos, a ideia é de serviço sazonal, para a colheita da produção agrícola.
“É preciso verificar tudo. Descobrir se tem outras pessoas que já foram para aquele trabalho e se aquilo será honesto. Se irão recolher os seus documentos, isso não é certo. O transporte precisa ser feito da maneira correta. Já tivemos casos de encontrar pessoas no compartimento de carga de caminhões. Então, se já for assim, não é a função certa. Porque com certeza boa coisa não é”, esclareceu.
Para Michele, que também participa da Secretaria de Assistência Social, os números reais de casos no Acre não podem ser divulgados, mas é sempre necessário estar de olhos bem abertos.
“As redes sociais são um perigo. Porque ilude os mais novos, que brigam com os familiares e foge para outro estado. E nesse crime, além do tráfico de pessoas, envolve o tráfico de órgãos, trabalho escravo e sexual. Então isso é muito perigoso”, destacou.