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Meio ambiente: o Acre não merece um passa-fora

As notícias que chegam dão conta de um desconvite de uma instituição internacional ao governo do Acre provocado, em tese, pela própria secretária de Meio Ambiente, Julie Messias. Enquanto isso, intelectuais ligados ao sistema estadual de meio ambiente publicam diagnósticos da situação atual em relação às mudanças climáticas-um conhecimento que havia chancelado ao Acre uma participação especial em eventos de relevância mundial.


Apenas para citar, do programa REM, Rosineide Sena, por exemplo, informa que de 1º de janeiro até 19 de julho o Acre registrou 118 focos de queimadas – 56% a menos que os 271 registrados no ano passado no mesmo período. Mas, diz a técnica, na mesma semana, algumas cidades acreanas registraram taxas de qualidade do ar próximas ao limite máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e algumas, como Rio Branco, já ultrapassam as diretrizes de segurança. “As queimadas diminuem a fertilidade dos solos, tornando as lavouras menos produtivas, e comprometem a qualidade da água, pois destroem as matas ciliares, que são a proteção dos rios, riachos, córregos e ribeirões, contribuindo para a ocorrência de seca e a baixa umidade relativa do ar”, diz Sena ao alertar os acreanos sobre o perigo das queimadas.


As gestoras citadas são duas faces da mesma moeda — duas peças do mesmo mecanismo de defesa ambiental. Uma, leva a política de meio ambiente à corda bamba enquanto atua para apagar o fogo, ainda que datas, locais e envolvidos sejam díspares entre si.


O Governo do Acre não deveria admitir jamais qualquer lastro que promova um desconvite como o que ocorreu. Só aconteceu por que há pensamentos fortemente divergentes no sistema, o que faz com que numa caminhada cada um vá por um lado e ninguém sabe onde chegará. Resumindo: falta liderança na política ambiental do Acre.


Meio ambiente é inteligência e ação, mas, um lado da moeda preferiu fazer política boba. Como se não bastasse o Estado do Acre marcando presença negativa no noticiário nacional devido à crise penitenciária.


Mas meio ambiente é também diplomacia. Ter traquejo é essencial nas rodadas de negociação que já carrearam preciosos recursos ao Acre.
É fundamental que todos os lados dessa moeda saibam, de modo peremptório, que o Acre precisa de ajuda.


Aprendem o jogo ou viverão de lamentar os passa-fora.


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