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O acerto do Fórum Empresarial de Desenvolvimento

O Acre passa a ter uma “fotografia” mais próxima da realidade econômica e social da região. O início da publicação Boletim de Conjuntura Econômica do Acre traz referência importante para quem precisa tomar decisões, seja na esfera pública ou na privada. O documento terá periodicidade semanal, feito com informações atualizadas, seguindo os rigores que as análises dos números exigem.


O trabalho é fruto de uma decisão acertada do Fórum Empresarial de Desenvolvimento e Inovação, uma associação sem fins lucrativos, coordenada pela Federação das Indústrias e que agrega contribuição de outras 14 instituições públicas e da iniciativa privada.


O Fórum foi criado em 2018, mas agora qualifica a intervenção no debate econômico ao estabelecer relação direta com a Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape), vinculada à Universidade Federal do Acre. Ao fazer isto, o Fórum Empresarial promove alguns ajustes e faz justiça.


Quais são os ajustes? O primeiro aspecto a ser destacado é que a periodicidade semanal faz do boletim uma mídia importante que trará dados atualizados, da ordem do dia, um insumo importante para quem precisa de informações confiáveis para decidir os rumos de uma empresa, por exemplo.


Os assessores econômicos das empresas, portanto, precisam ficar atentos às edições. Aquela que destacar aspectos específicos de um determinado segmento, a empresa terá elementos concretos de avaliação. As análises de conjuntura, obrigatoriamente, trarão quais decisões de governo têm relação direta com aquela atividade econômica e qual a radiografia daquele segmento aqui na região.


A justiça que o Fórum Empresarial promove é com a equipe da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Acre. Excluída da agenda do Governo do Estado, a Fundape tem sido preterida para colegas mais poderosos como o Cedeplar (Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG), Fundação Dom Cabral (a equipe de consultoria da moda entre os governos estaduais) e a Fundação Getúlio Vargas. E isso ao preço de consultorias bem caras ao erário público.


O prejuízo maior para os cofres públicos não é o fato de serem consultorias caras. Há coisas que são caras, mas boas. A questão é que, em muitos casos, o que esses consultores importados fazem é pegar dados do IBGE que estão na internet ao alcance de todos e “leem” para diferentes equipes de governo. Cobram caro porque eles trazem a etiqueta “FGV”; “Dom Cabral”; “Cedeplar”.


Diferente dessas consultorias de fora, a Fundape terá condições de gerar os dados “mais em cima do lance” e, praticamente, sob demanda. Pautado pela Fieac, o Boletim de Conjuntura Econômica terá orientação do coordenador do curso de Economia da Ufac, Rubicleis Gomes da Silva; Carlos Franco, doutor em Economia; Elyson Souza e Carlos Estevão, também economista da Ufac, que volta à Fieac.


A partir de agora, o Governo do Estado e a reitoria da própria Ufac só gastam recurso público com mágicos em consultorias se quiserem. A equipe da Fundape sabe que dinheiro não surge em cartolas. E contará isso para os leitores toda semana.


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