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Inpasa: a maior produtora de Etanol de Milho da América Latina que se tornará a maior do planeta

Foto: Jardy Lopes

Uma cidade no interior do Estado do Mato Grosso com quase 200 mil habitantes vive um crescimento constante com a geração de emprego e renda. Sinop (MT), atualmente é o coração da chamada “Indústria 4.0”, liderada pela Inpasa Brasil, considerada a maior produtora de Etanol de Milho da América Latina. Uma planta industrial que emprega diretamente 600 pessoas é a melhor sintetização da força do Agronegócio com a expressão que engloba tecnologias para automação, troca de dados e utilização de conceitos de Sistemas ciber-físicos com foco melhoria da eficiência e produtividade dos processos.


A coluna Gente, Economia e Negócios, publicada todos os domingos no ac24horas, foi ver de perto esse exemplo de negócio de perto em uma comitiva liderada pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex), Jorge Viana. Na oportunidade, lideranças do agro da região e também os diretores da Inpasa demonstraram o conceito de produção inovador.


Comitiva da Apex esteve no último dia 10 conhecendo o modelo de negócio da Inpasa Brasil – FOTO: Jardy Lopes

A indústria que iniciou suas atividades no Paraguai, na Cidade de Nova Esperança, em 2008, inaugurou a unidade de Sinop com investimento de R$ 3,5 bilhões. Atualmente, a companhia produz anualmente 3,5 bilhões de litros de etanol, 1.250 milhão tonelada de DDGS, 150 milhões de litros de óleo de milho e 1.022 Gwh de energia elétrica em fazendas solares espalhadas por suas unidades, fazendo com o empreendimento seja autossustentável, gerando sua própria energia o que faz a indústria funcionar por 24 horas por 355 dias por ano.


Um dos executivos da Inpasa, o diretor comercial Flávio Peruzzo, reforça que a usina é uma das primeiras indústrias de Etanol de Milho do Brasil, sendo hoje a maior produtora de combustível limpo e renovável à base de milho da América Latina. “Em seu processo industrial busca aproveitar integralmente os grãos, sendo que, além do Etanol Anidro e Hidratado, produz o DDGS – fonte de energia e proteína de alto valor agregado para nutrição animal e o Óleo de Milho utilizado como indutor energético na fabricação de rações e biodiesel. A indústria também é autossuficiente na geração de energia elétrica, cujo excedente é destinado à rede. O resultado do alto investimento em tecnologia e inovação aparece na eficiência no uso dos recursos, na agilidade da apresentação de soluções, no alto desempenho das plantas e na ampliação da capacidade produtiva, tudo isso sem perder o padrão de qualidade já conquistado. Para cada número ou meta alcançada, tem uma equipe de profissionais competentes. Em uma indústria arrojada como a nossa, ter profissionais treinados é uma conquista fundamental, é por isso que a Inpasa investe em capacitações contínuas, além do bem-estar e da segurança de seus trabalhadores, por meio de diversos benefícios”, frisou.


O diretor da Inpasa, Flávio Peruzzo, ressalta o caráter competitivo da empresa e o compromisso socioambiental aliado com novas tecnologias – FOTO: Jardy Lopes

A responsabilidade ambiental é um dos pontos cernes do negócio bilionário que abrange gestão ambiental, divulgação de relatório de sustentabilidade, dezenas de programas ambientais e também a gestão de resíduos.


Para Jorge Viana, o milho teve um grande investimento nos últimos anos, a plantação cresceu muito, mas teve um problema recentemente com a queda do preço. “Mas exatamente visitando uma empresa como Inpasa, naquela região de Sorriso e Sinop, a chegada do Etanol do Milho ajuda a equilibrar os ganhos e custos dos protutores. O Brasil está produzindo 6 bilhões de litros de etanol do milho e os Estados Unidos produzem mais de 60 bilhões, ou seja, o Brasil tem muito a crescer porque o carro com Etanol acho que seguirá por muitas décadas como algo importante para o consumo do Brasil e de muitas outras regiões do mundo, diferente do elétrico que vai crescer mais na Europa, Estados Unidos e China. A ideia do etanol do milho é boa porque ele não prejudica o milho que vai para a ração: 40% da produção vira etanol e 60% vira DDG, que é o farelo que vira complemento de ração animal. Essa empresa precisa de 400 mil hectares de milho para atender e por dia chegam na safra lá 700 carretas de 9 eixos carregadas de milho para dar conta da produção”, explicou o gestor da Apex-Brasil.


O coração da empresa fica nessa central que funciona durante 24 horas por dia. Mais de 10 funcionários por turno ficam responsáveis pelo monitoramento dos trabalhos – FOTO: Jardy Lopes

De acordo com IBGE, em 2022, Mato Grosso produziu 7,42 milhões de hectares de milho enquanto que o Acre produziu apenas 34 mil hectares do mesmo grão. Para ter uma indústria similar a de Mato Grosso, o Estado precisaria plantar no mínimo 50 mil hectares para abastecer uma usina. “O Acre avançou muito no plantio de milho, mas, por exemplo, nos últimos dois anos, estavam plantando milho parecido com o que a gente já planta há dez anos, mas está crescendo muito, vai crescer mais e eu acredito que nessa região do Acre a ponto de ser criar projeto para ampliação da produção com intuito de abastecer uma usina dessa na região, abastecer as granjas e as criações de animais com o DDG, com o farelo de milho, eu acredito que isso possa acontecer, sim, nos próximos anos”, frisou.


Jorge Viana acredita que crescimento da plantação de milho no Acre poderá viabilizar usina semelhante a de Sinop – FOTO: Jardy Lopes

Atualmente a Inpasa conta com três usinas em no Mato Grosso (Sinop, Dourados e Nova Mutum) e duas unidades no Paraguai (Nova Esperança e São Pedro). Ainda no Brasil, a indústria conta um escritório de negócios em São Paulo.


FOTOS DE JARDY LOPES: