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Não, ministro das barrosidades, não foi o bolsonarismo

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Valterlucio Campelo

Os brasileiros foram surpreendidos na última quarta-feira, pela fala adolescente e descabida do ministro do STF Luís Roberto Barroso, aquele de fala aveludada, em um evento da UNE, onde aliás não deveria estar se zelasse pela liturgia do cargo que ocupa por mero dedaço presidencial. Dele, Barroso, saiu mais uma barrosidade entre muitas já conhecidas, todas elas em defesa da agenda progressista. Dou alguns exemplos:


AQUI, a sua manifestação em FAVOR do aborto “se a mulher quiser”. Vem disfarçada de anti-criminalização, de proteção da coitadinha aborteira, mas não toca na vida intrauterina. Desde que haja uma vida a ser abortada, abortá-la é crime de assassinato cruel e bárbaro. Infelizmente em nenhuma de suas perorações sobre o tema o ministro trata do feto a ser trucidado e jogado no esgoto.


AQUI, a sua manifestação em FAVOR de um “baseado” antes de dormir, como se fosse um cigarro comum e não trouxesse atrás de si assassinatos, tortura, roubos, assaltos, associação ao tráfico internacional, uso correlato de outras drogas, prejuízos de ordem mental e familiar etc., também é conhecida. Sua inclinação à liberação das drogas faz parte da agenda que promove.


AQUI, a sua decisão ANULANDO a competência de estados e municípios para legislar sobre ideologia de gênero. Suas manifestações são sempre em favor de que as famílias sucumbam perante o estado permissivo que, em seu lugar, pode revogar a biologia e introduzir, com toda relativização moral, a ideia de que os indivíduos escolhem seu sexo a partir da infância. Crianças não são propriedade do Estado, como insiste o seu progressismo macabro.


Sim, sua militância jurídica ou ativismo judicial, como queiram, em favor da pauta progressista não surpreende ninguém, o que causa espanto é que, sem aparentemente estar fora de seu juízo, o ministro se dê ao desfrute de comparecer a uma assembleia estudantil para discursar como se fosse um deles. Ao se alinhar entre ministros do governo e estudantes imberbes para dizer que “derrotamos o bolsonarismo”, ele erra enormemente em claro ativismo político, mas, convenhamos, erra coerentemente. 


Todos nós sabemos que fomos derrotados pelos que ao invés de ganharem, TOMAM eleições. Somos aqueles que ao critério do ministro não passam de MANÉS, brasileiros contados por suas urnas em 58 milhões, os que no dizer de Lula da Silva, pelas mesmas urnas dado como eleito, são seus inimigos, somos os patriotas, conservadores e os que defendem a família, logo, estamos do outro lado, merecemos perder.


Quem merece ganhar? Seriam os comunistas afagados por Lula da Silva, que há décadas mandam na UNE, fazem carreira política, enchem as burras e atrasam o Brasil ao ponto de termos, como expressam os dados recentes, os maiores níveis de pobreza, os menores de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário e de anos de estudo, os mais elevados de adoecimento, de pessoas dependentes de auxílio governamental, de desemprego, de violência e de tudo que expresse má aplicação de recursos públicos, justamente nas regiões e estados por onde passou anos e anos a esquerda fétida que ele defende?


Deixe que lhe diga algo, ministro, sabendo de antemão que não tomará conhecimento, mas serve para seus acólitos por aqui. Você errou no rótulo, você não derrotou o Bolsonarismo que, a rigor, nem existe fora dos embates cotidianos de baixa cultura política. O que você derrotou significa o amor à vida, à pátria e à família, o direito de propriedade, a moral, a religião, a meritocracia, a liberdade de imprensa, de manifestação e de expressão. Faça uma visitinha aos presos de 8/1 em Brasília e verá os idosos, as senhorinhas, as mulheres grávidas, os doentes, os trabalhadores que sua vitória subjugou. Você derrotou o cidadão livre, que não existe em países defendidos pelos progressistas ganhadores ou tomadores (como saber?). 


Vocês derrotaram, por enquanto, uma visão de mundo que um homem letrado poderia aprender facilmente com Russel Kirk, Roger Scruton e Thomas Sowell, por exemplo. O ministro, ainda ensopado do mergulho que deu na Escola de Frankfurt, parece estar está enxugando-se com Judith Butler e Thomas Pikkety e, certamente, se perfumando com a agenda ESG da ONU/FEM.


Ministros do STF andaram dizendo que “ele não disse o que disse”, passando pano para o coleguinha que, convenhamos, não estava sozinho no “derrotamos” pois aquilo lá é um colegiado. O próprio Barroso deu uma de “joão sem braço” rebaixando o discurso a uma rápida referência ao fantasioso extremismo político. É o caso de se perguntar: O que aconteceria se um ministro do STF proclamasse “fomos derrotados pelo Lulismo!”? Haveria chance de não ser dado por seus próprios pares e pela grande mídia como ativista político, portanto sujeito ao rigor dos termos da Constituição Federal? 


AQUI o imperdível comentarista Tiago Pavinatto explica, a partir do minuto 5:54, do que se trata, de como um ministro do STF abaixa o próprio sarrafo ético. O leitor veja por si mesmo que estamos a observar uma espécie de porre progressista, onde quem devia falar exclusivamente nos AUTOS como a mim ensinou o Professor Jorge Araken Faria da Silva, fala ALTO, repetindo clichês em auditórios juvenis.



Valterlucio Bessa Campelo escreve às sextas-feiras no site ac24horas e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do Percival Puggina e outros sites. 


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