O encontro de ontem entre o prefeito Tião Bocalom com o secretário estadual Alysson Bestene, para um trabalho conjunto entre a prefeitura e o governo, para recuperar as Ruas do Povo, é um casamento de jacaré-açu com cobra sucuri. Para sobreviver um vai ter que engolir o outro. Por um motivo pragmático: ambos são do PP, e são candidatos declarados à PMRB, no próximo ano. E o PP só pode ter um candidato. Um dos dois vai ter que ser sacrificado dentro do partido. É aquela velha história de que, se correr o bicho pega, e se ficar, o bicho come.
APOSTARIA NO DESFECHO
Se for concretizada a entrada do ex-prefeito Marcus Alexandre no MDB, eu apostaria no desfecho que o senador Sérgio Petecão (PSD) vai abrir conversa com o governador Gladson para apoiar o Alysson Bestene a prefeito de Rio Branco.
SÓ VAI DEPENDER DO GLADSON
E pelas informações que tenho, a decisão para que o desfecho de uma aliança Petecão-Alysson aconteça, só vai depender do governador Gladson Cameli.
A GRANDE MARMELADA
O PT do Jorge Viana resolvia suas brigas em discussões internas, e depois iam todos para o Casarão, dançar forró ao som da sanfona do Monteirinho. O Gladson Cameli pega pela barriga, oferece à sua base e aos briguentos, um lauto jantar, trocam mimos e fica o dito pelo não dito. Em ambos casos acaba tudo numa grande marmelada. Como decano da imprensa acreana e conhecendo os índios da aldeia, é que não tomei partido. Sabia que terminaria em gargalhadas. Foi o que ocorreu esta semana. Didi, Mussum, Zacarias e Dedé, perdem para a cena de humor.
SÓ ME DIVERTE
Os colegas mais novos da imprensa se entusiasmam e noticiam como se briga de político fosse para valer. Não entre em briga de político, eles se acertam e quem tomou partido fica mal. Sempre foi e será assim.
O BARCO É DE TODOS
Vamos colocar as coisas no seu devido eixo. O projeto inconstitucional que queria transformar servidores provisórios do ISE em definitivos, foi sim do deputado Roberto Duarte (então no MDB). Mas só foi aprovado porque os deputados votaram em massa. O deputado Pedro Longo (PDT) foi o único a votar contra. Vamos então deixar de crucificar o deputado Roberto Duarte (UB), pois essa é uma cruz com o aval dos demais parlamentares. Ponto final.
NÃO SE SAIU BEM
Tenho o maior respeito pela deputada Michelle Melo (PDT), me identifico com algumas pautas que defende. E, isso me permite dizer que ela fez uma condução atrapalhada na liderança do governo, na ALEAC. Não se pode navegar com os pés em duas canoas. Ou você é líder do governo ou você é independente no parlamento. Não há como misturar as duas posições.
ISSO NÃO EXISTE
Para ser uma política independente, como foi quando era vereadora de Rio Branco, a Michelle precisaria não ter cargos no governo do Gladson. E não é este o seu caso, basta olhar o Diário Oficial. Ficando na função, é quase certo que vai trombar de novo com secretários do governo do Gladson.
BOLA DIVIDIDA
Errou feio quem pensou que o governador Gladson Cameli ia tomar partido no arranca-rabo entre membros de sua base de apoio parlamentar e seus assessores. O Gladson sempre ficou em cima do muro. E assim caminha o Cameli.
GRANDE PUXADOR
Nesta legislatura na ALEAC, quem era para ter protagonismo eram os deputados da base do governo, que são maioria. Mas ocorreu o inusitado, a oposição com um único deputado, Edvaldo Magalhães (PCdoB) – muitas das vezes jogando para a plateia, como no caso do ISE – acabou protagonista. Na maioria das vezes os seus ataques ao governo ficaram sem resposta adequada, como davam o Gérlen Diniz (PP) e o Pedro Longo (PDT), quando ocuparam esta função.
MÉTODOS EDUCACIONAIS
Não sou contra os colégios cívicos-militares, mas o fato do governo federal ter optado por outro modelo educacional, não é o fim do mundo. Cada pai tem a opção de matricular seu filho na instituição que achar melhor. Há quem goste do meia volta volver, e há quem não goste. E ponto.
OPÇÃO DE CONTINUAR
O governo Gladson, mesmo sem a ajuda financeira do governo federal de agora em diante, optou por continuar com os colégios militares no estado. E neles, se matricula quem quiser.
“JOGO DE CANELADA”
Foi como o deputado Afonso Fernandes (PL) se referiu ontem ao relacionamento entre a base do governo e o secretariado do Gladson. “Tem as exceções, mas neste período legislativo que se encerra (ontem), a base foi mal tratada. Espero que não se repita. O fato acontecido na ALEAC não é um fato isolado”, protestou Afonso no seu discurso.
AUSENTES NO REGABOFE
Os deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB), Emerson Jarude (MDB) e Antônia Sales (MDB), foram os ausentes no jantar “sossega leão,” oferecido pelo governador Gladson para acalmar seus secretários e os deputados da sua base parlamentar.
NADA DEFINIDO
De saída do MDB, o deputado Emerson Jarude, me disse que ainda não definiu em que partido se filiará. Tem muito tempo até 2026 para a escolha.
UM DETALHE IMPORTANTE
Vejo lideranças políticas ligadas ao Gladson falando em alianças para 2026. Estão esquecendo de um detalhe importante: o Gladson saindo para o Senado, quem estará sentada na cadeira de governadora será a vice Mailza Assis. E não vai querer ser uma mera figurante no filme da sucessão estadual.
PODE SER MELHOR
Terminou ontem o primeiro período legislativo da ALEAC. Espera-se que seja melhor na volta do recesso parlamentar.
É PARA VALER
Quem mandou uma postagem foi o Everton Soares para negar que sua família veta a sua candidatura, e que é pré-candidato a prefeito de Epitaciolândia. E desta feita com apoio de empresários, de partidos, do governador Gladson, e que sua candidatura é para valer. Fica registrado. É um nome que pode unir a oposição.
RINGUE PRONTO
Quem manda uma postagem é, o presidente do Nauás Combat MMA, Márcio Dana Wite – praticante de artes marciais – para colocar a sua academia ao dispor de quem quiser brigar na ALEAC. Ainda banca a luta como patrocinador. Alguém topa?
NOME NA DISPUTA
Quem vai colocar o seu nome para disputar a prefeitura de Rodrigues Alves, é o Ralph Fernandes (União Brasil), um lutador incansável pela construção de uma ponte que vai tirar o município da dependência das balsas.
FRASE MARCANTE
“Político é o sujeito que convence todo mundo a fazer uma coisa da qual ele não tem a menor convicção”. Millôr Fernandes.
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