Um grupo formando por autoridades dos governos federal e estadual, além de representantes de instituições não governamentais estiveram nesta quarta-feira, 5, em Assis Brasil realizando visita técnica para tratar sobre a entrada de imigrantes no Acre pela cidade, vindos do Peru.
Na comitiva, estavam representantes da Casa Civil da Presidência da República, Ministério Público, Secretaria de Estado de Segurança do Acre, entre outras instituições ligadas aos problemas gerados pelo fluxo de entrada de estrangeiros no município de Assis Brasil com destino a outros estados brasileiros.
Atualmente, em Assis Brasil funciona uma casa de passagem em condição inadequada para atender o número de imigrantes que têm chegado ao município. No encontro, o prefeito Jerry Correia destacou que é preciso a união de todos para que a situação do município seja resolvida.
“É preciso a união das esferas, do Município, Estado e Governo Federal. É preciso fortalecer a Receita Federal e a Polícia Federal, pois o efetivo não é suficiente, precisamos criar um fluxo maior e que possa atender adequadamente os nossos irmãos estrangeiros que entram em nosso país”, destacou.
Logo após a reunião de planejamento foi realizada visita na casa de abrigo e em possíveis espaços que podem ser utilizados em caso de nova crise migratória no município de Assis Brasil. Na ocasião, a equipe do Governo Federal anotou as demandas do município para serem apresentadas a um comitê de crise.
Estiveram presentes na visita a secretária nacional de Relações Exteriores, Anna Mamede; o general da Brigada do Ministério da Defesa, Márcio Pontes; o diretor de Promoção de Direitos Humanos, Alex André; a assessora do Ministério da Saúde, Michele Gomes; a assessora da Casa Civil da Presidência da República, Josilene Evangelista; a coordenadora geral do Comitê Nacional de Crise, Luana Maria; e um assistente da ONU, Wilbert Rivas.
Entre as autoridades acreanas, estava o secretário de Segurança Pública, coronel José Américo Gaia, que junto com o governador Gladson Cameli recepcionou a comitiva federal em Rio Branco na última terça-feira, 4. Na quarta-feira, 5, a visita técnica aconteceu em Brasiléia e Epitaciolândia.
Entre 2010 e 2022, mais de 44 mil pessoas, entre haitianos e imigrantes de outras nacionalidades, entraram no Brasil pelas fronteiras do Acre, vindos principalmente pelo Peru. Em 2023, estima-se que ocorra o ingresso de 50 a 60 migrantes por dia, em sua maioria venezuelanos.
