Sem a presença da ministra do Meio Ambiente do governo federal, Marina Silva, foi aberto na manhã desta terça-feira, 4, o 1º Fórum Indígena no Teatro Universitário da Universidade Federal do Acre, em Rio Branco. O encontro tem o objetivo de fortalecer o diálogo e a inclusão dos povos indígenas nas pautas e decisões sobre mudanças climáticas e serviços ambientais, o governo do Estado do Acre.
O evento é realizado até o dia 7 de julho e, na ocasião, estão presentes 150 lideranças das 34 terras indígenas e 16 etnias do Acre e autoridades nacionais e internacionais.
Atento às questões ambientais, o governador Gladson Cameli (PP) defendeu o desenvolvimento do Acre por meio do agronegócio, porém, deixou claro que busca respeitar as leis ambientais e por conta disso, o governante avisou que deverá fiscalizar as queimadas no período do verão amazônico. “Quem quiser fazer queimadas que arque com seus atos, não podemos é ir contra o que está na legislação e não darei as costas para o compromisso com o meio ambiente e os povos da floresta”, garantiu.
Acerca da importância do fórum para o governo do Acre, o chefe do executivo mencionou a importância do encontro para o mundo. “É importante debater, ouvir e falar ao mundo aquilo que estamos fazendo que é o dever do Acre. A política mundial é clara e temos que cumprir os compromissos para que sejamos exemplo aos demais estados”, declarou.
A antropóloga ambiental que trabalha para a conservação de florestas e desenvolvimento sustentável em regiões de florestas tropicais do mundo, Colleen Scanlan Lyons, revelou a necessidade do encontro para que governo e lideranças indígenas possam entender a importância tanto do desenvolvimento, quanto da preservação ambiental e povos indígenas. “Precisamos unir as autoridades com os povos indígenas e comunidades tradicionais, haja vista que, esse evento é político e técnico, ou seja, ele tem dois lados e temos que ver como caminhar juntos e não só desmatar e produzir, mais conciliar esse debate juntos”, ressaltou.
O presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Leonardo Carvalho, disse que o fórum é essencial para as políticas públicas aos povos indígenas. “Quero agradecer a todos aqui presentes para que possamos dialogar o assunto”, assegurou.
Julie Messias, secretária de meio ambiente do Acre, elogiou a iniciativa que visa buscar melhorias na classe indígena. *Precisamos desenvolver uma política eficiente e esse é o espaço onde podemos fazer isso. As mudanças climáticas atingem quem menos tem estrutura”, comentou durante a coletiva de imprensa.
A assessora especial de políticas indígenas. Francisca Arara, contou que a classe dos povos indígenas precisam estar inseridos no mercado de carbono. “Estamos aqui para acompanhar essa demanda – buscando fortalecer os povos indígenas. Estima-se que 90% das terras indígenas tem estoque de carbono e precisamos está nesse debate”.
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