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O final de uma crônica, cujo desfecho já era conhecido

Do MDB, eu conheço bastante. Quando o deputado Emerson Jarude entrou no MDB já dava para prever que não ia demorar muito no partido. Chegou e se isolou. Não seguiu as diretrizes partidárias em apoiar a candidata à presidência, Simone Tebet (MDB), optando em fazer a campanha do raivoso Jair Bolsonaro. Simplesmente, ele ignorou o chamado “Grupo dos Cabeças Brancas”, que é formado por figuras históricas do partido e que vêm de décadas segurando a barra do MDB, desde a era do ex-governador Nabor Junior. Outro erro foi o de ignorar os filiados na composição do seu gabinete. Jarude achou que podia chegar jogando as suas cartas na mesa. Mas não tinha a carta maior do jogo. A primeira vez que caiu na real que o buraco era mais embaixo, foi quando tentou ser o líder do partido na Assembleia Legislativa. Uma discussão dos “Cabeças Brancas” resultou na decisão de cortar a linha do seu papagaio e colocaram na função o deputado Tanízio de Sá (MDB). Se já estava isolado no partido passou a ficar isolado na ALEAC, com um tempo pequeno para falar na tribuna. A gota de água que fechou o seu ciclo no MDB foi quando se posicionou contra a filiação do ex-prefeito Marcus Alexandre na sigla, que o quer como candidato a prefeito. Jarude esperava disputar a PMRB pelo partido. A partir deste momento não havia mais clima para ele e nem para os dirigentes do MDB, que tinham traçado um caminho diferente. A saída de Jarude do MDB é o último capítulo de uma crônica anunciada.


NÃO É O FIM DO MUNDO


A saída do MDB não é o fim do mundo para o deputado Emerson Jarude, um político sério e bem intencionado, que pode continuar a luta pelos seus projetos em outro partido. Só que terá que agregar às suas virtudes uma pitada de humildade, que é o que lhe falta. O mundo continua a girar e a política segue o seu curso natural.


UNIÃO BRASIL


É o provável caminho do deputado Emerson Jarude. O União é presidido pelo seu aliado, o senador Alan Rick, e ambos se afinam ideologicamente como bolsonaristas.


NOME NOVO


O ideal seria que o diretório municipal do MDB fosse presidido pelo jovem Wiliandro Derze, que é o vice-presidente do Emerson Jarude, de saída do partido. Seria uma forma de abrir a porta para a renovação de valores no MDB. Derze é afinado com a direção regional e ligado ao grupo do ex-prefeito Wagner Sales (MDB).


A RECÍPROCA NÃO É VERDADEIRA


O senador Sérgio Petecão (PSD) passou o mandato destinando gordas emendas parlamentares para o Juruá. Veio a eleição para o governo, e teve uma porcaria de votos na região. Em se tratando de reciprocidade de votos, isso não ocorreu no Juruá. E o Petecão continua no mesmo erro.


A DISPUTA DOS DESENGONÇADOS


A cena mais cômica no Arraial Cultural, foi a disputa entre o governador Gladson e o secretário Minoru Kinpara, para saber qual o mais desengonçado dançando quadrilha. Na opinião dos jurados, deu empate. E com pedido para não ter bis.


PEDRA NO SAPATO


Oposição de fato, para valer, ao prefeito Bocalom na Câmara Municipal de Rio Branco, só tem a vereadora Elzinha Mendonça. O restante da bancada vive na base do amém e sim senhor ao Velho Boca.


MELHOR A FAZER


Não entro condenando o assessor parlamentar Helder Paiva nesta denúncia de assédio sexual, por não conhecer os dois lados. Nem passo pano para ele. O melhor que ele poderia fazer era pedir afastamento do cargo de assessor do Bocalom, até que tudo seja esclarecido, porque esse é um caso que vai acabar no MP.


NÃO CHEGA AO FINAL


Um grupo de fanáticos parlamentares faz um movimento de apresentar um projeto para anistiar o Bolsonaro e o tornar elegível novamente. É um projeto sem final feliz.


É PRECISO DESENHAR


O Bolsonaro não foi declarado inelegível pelo TSE, por estar rezando numa igreja. Perdeu o direito de ser candidato em 2026 por passar o mandato atentando contra o regime democrático. Entenderam ou é preciso desenhar?


SÍNDROME DA DITADURA


Tem gente que ainda vive a síndrome da Ditadura militar que dominou o país e deixou um rastro de crueldade. Por isso acha que o Lula vai transformar o país num enclave comunista. Ainda são do tempo que achavam que comunista comia criancinha. Acordem! Estamos numa democracia, onde quem perde vai para a roça, e quem ganha para o poder.


NEM SÓ DE SUSHI VIVE O JAPA


Nem só de sushi e sashimi entende o descendente de japoneses, Minoru Kinpara. Estava bonito e muito bem organizado o Arraial Cultural da Fundação que dirige. Ponto para o Japa.


DESCOBERTA INÉDITA


O máximo que a caravana de políticos, empresários, membros do governo e aspones, conseguiram descobrir na 364, é que existem buracos no trecho para CZS. Foi a maior descoberta depois da pólvora.


BRIGA DE OUTROS CARNAVAIS


Brigas entre o governador, prefeito e os seus vices vêm de longe. Quando o governador Nabor Junior (MDB) viajava, a vice Yolanda Lima demitia o secretário de Segurança, Antônio Guedes. Quando o prefeito Adalberto Aragão (MDB) viajava, seu vice Airton Rocha demitia seu secretariado. Quando o governador Edmundo Pinto deixava o estado, seu vice Romildo Magalhães demitia o secretário Mário Emílio Malachias. Não chega ser novidade essa postura da vice-prefeita Marfisa Galvão de demitir secretários do prefeito Bocalom.


AFRONTA AO ELEITOR


A Antônia Lúcia (REPUBLICANOS) vinha de várias derrotas. Na última conseguiu se eleger deputada federal. Por isso, custa crer que pretende brincar de passar o mandato por 120 dias para o suplente Israel Milani, que seria um escárnio é um chute nos eleitores que a elegeram. Mas, como a política brasileira é feita de brincadeiras, não ficarei surpreso se o fato ocorrer.


BANCADA MAJORITÁRIA


Nenhuma bancada é mais representativa na ALEAC que a do Juruá. São deputados com base na região, Antônia Sales, Clodoaldo, Luiz Gonzaga, Maria Antônia e Nicolau Junior.


DISCRETO E EFICIENTE


O deputado Luiz Gonzaga (PSDB) vem se conduzindo na presidência da ALEAC, de forma discreta e eficiente.


ATÉ NO NACIONAL


Até nos institutos nacionais de pesquisas o Marcus Alexandre (isso já acontece nos institutos regionais) vem se mantendo disparado na preferência dos eleitores, para a disputa da PMRB. A saber se vai manter a tendência. Estamos distantes da eleição para dizer que há um voto consolidado.


CHUTE NO VENTO


O deputado Tadeu Hassem (REPUBLICANOS) me disse ontem não ter o menor fio de verdade de que vai se afastar para assumir o suplente Vagner Felipe. “Isso não existe e nem vai existir”. Como não dei a notícia por primeiro, apenas fiz um comentário do publicado em outro site, não sei de onde veio a informação, agora negada. Mas fica registrado.


NÃO TINHA SENTIDO


O ex-deputado Vagner Felipe (REPUBLICANOS) passou em brancas nuvens o seu mandato pela AEAC, não faria mesmo sentido que o deputado Tadeu Hassem, com boa presença inicial no parlamento, se afastasse de um mandato que pode ser ainda mais produtivo do que já está sendo atualmente. Feito o registro.


NÃO É HORA


O prefeito Tião Bocalom está correto em não antecipar o debate sucessório e deixar para o próximo ano. Quem tem de antecipar é a oposição.


FRASE MARCANTE


“O MDB é democrático, prevalece o que decide a maioria”. Presidente do MDB, Flaviano Melo.


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