FOTO: SÉRGIO VALE
Quem assistiu à entrevista de ontem do presidente do MDB, Flaviano Melo, no Bar do Vaz, do jornalista Roberto Vaz, ficou bem claro de que, as diferenças e os enfrentamentos ao longo dos últimos 20 anos com o PT, não foram superados. E, Flaviano foi bem taxativo: “não vou convidar, e nem acho que ela queira vir para o nosso lado”. Disse se referindo ao ex-senador Jorge Viana. Por outro lado, afirmou que o MDB se encontra aberto para discutir uma aliança com o governador Gladson Cameli. Pela dedução ao longo da entrevista foi de que, o MDB quer o Marcus Alexandre como candidato a prefeito de Rio Branco, mas com o PT em outro palanque. “Sempre fomos adversários”, justifica Flaviano para defender a sua tese. A sua avaliação deve ter sido que ter o PT no palanque numa eventual candidatura à PMRB do Marcus Alexandre, puxaria o candidato para baixo, devido ao desgaste que sofre hoje o PT no estado. Gladson e Flaviano juntos, pode acontecer na eleição do próximo ano? O tempo dirá se pode ocorrer. Mas o que posso falar é que na política até boi voa. E que não duvido de nada.
TUDO TEM SEU TEMPO
O MDB vai dizer ao deputado Emerson Jarude (MDB), na reunião da executiva regional da próxima semana que, ainda não chegou o seu tempo de ser candidato a prefeito. Uma forma educada e eufêmica de falar que o nome que o partido quer como candidato a prefeito de Rio Branco, é o do ex-prefeito Marcus Alexandre.
TOCOU NA FERIDA
Secretários, assessores e diretores de empresas, só estão nos seus cargos por causa dos políticos e seus votos. Mas tem muita gente no governo do Gladson que não entende assim. A líder do governo, deputada Michelle Melo (PDT), foi precisa ontem na ALEAC, ao protestar e exigir mais respeito da equipe do governo, com a sua base de apoio parlamentar. Tocou numa ferida que existe em todos os governos, de forma cirúrgica. São os deputados que aprovam os projetos do governo. Isso tem que ser entendido.
NINGUÉM É CANDIDATO ISOLADO
A deputada federal Antônia Lúcia (REPUBLICANOS), deve entender que, candidaturas proporcionais e majoritárias são fatos distintos. Para ser candidata a prefeita teria de começar a ter o partido coeso em torno do seu nome, e o que se viu foi uma briga com o presidente regional e deputado federal Roberto Duarte (REPUBLICANOS). Ninguém é candidato majoritário isolado no partido.
DEU O SIM
O ex-prefeito Vagner Sales (MDB) continua mudo para o público quando se trata da candidatura a prefeita de Cruzeiro do Sul da filha Jéssica Sales (MDB). Deu o “sim” para o presidente Flaviano Melo (MDB). Mas, o anúncio oficial deve ser empurrado mais para frente.
NÃO TEM ESTRUTURA
Vejo mais como um ritual de todo partido dizer que terá candidatos a prefeito em todos os municípios, como fez a direção do PSDB. Falta a sigla quadros com densidade eleitoral.
BICO QUEBRADO
O PSDB teve o seu tempo de partido forte no estado, hoje, virou um tucano nanico de bico quebrado. Só tem um deputado estadual, e assim mesmo por méritos próprios, o Luiz Gonzaga.
APOSTANDO NA ALIANÇA
O Velho Lobo Flaviano Melo (MDB) dá como certa uma aliança com o PSD. Com o senador Sérgio Petecão (PSD), eu me entendo,tem dito sobre o assunto.
BARBEIRAGEM
O governo do estado, através do DERACRE, fez a maior barbeiragem na construção de uma rodovia ligando Cruzeiro do Sul-Porto Walter. Tinha um projeto ambiental todo certinho, mas executou um traçado não previsto, que passa por terras indígenas, e a obra empacou. Os índios agora querem uma contrapartida alta para liberar suas terras. Isso vai ter FUNAI, MPF pelo meio, e ficará entravado por muito tempo.
ERA ESPERADO
O Relatório do ministro do TSE, Benedito Gonçalves, lido ontem, foi pela inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro, já era esperado. E vai perder por larga maioria. Tudo é fruto da sua campanha negativa contra o democrático sistema eleitoral do país.
RETARDAR A EXECUÇÃO
Se algum ministro ligado ao Bolsonaro pedir vista, é o mesmo que pedir para o carrasco esperar um pouquinho para baixar a lâmina da guilhotina.
COBRANÇA JURÍDICA
Está aumentando a cada dia a pressão de aliados do governo, para que o prefeito Tião Bocalom recupere as ruas do programa “Ruas do Povo”, do governo passado. Ontem, na ALEAC, o deputado Pedro Longo (PDT) disse que juridicamente nada impede a ação municipal e, junto com a líder do governo Michelle Melo (PDT), bateram duro no velho Boca.
QUE AS ONGS EXISTEM
Essa CPI das ONGS, da qual o senador Márcio Bittar (UB) é o Relator, só vai chegar à conclusão óbvia: que as ONGS existem. Não terá força jurídica para impedir a continuidade do funcionamento de nenhuma delas no país. Uma CPI que vai acabar em pizza.
NÃO CONHEÇO IGUAL
Acompanhei vários governos, mas não conheço um, que teve a rotatividade de secretários, assessores e diretores maior que no governo do Gladson. Isso dá descontinuidade à gestão.
FRASE MARCANTE
“Um zumbido de um mosquito às vezes esconde o barulho do mar”. Ditado mexicano.
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