A visão é um dos nossos principais sentidos, senão o mais importante, que nos insere no ambiente ao nosso redor, além de nos ajudar em todos os aspectos e atividades do cotidiano. Nossos olhos funcionam em semelhança a uma máquina fotográfica, sendo a retina como o filme fotográfico, responsável por captar a luz que entra nos olhos e transmiti-la ao cérebro. E é justamente esse tecido tão nobre o mais afetado pelo diabetes.
O diabetes é uma doença metabólica crônica, em que o corpo produz pouca insulina, o hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue, ou não consegue usá-la de forma correta. Essa glicose aumentada no sangue por tempo prolongado pode afetar diversos órgãos, nervos e vasos sanguíneos, dentre eles, os vasos da retina.
A retinopatia diabética resulta de danos na vasculatura da retina e, se não diagnosticada e tratada a tempo, impacta diretamente na visão. Nos estágios iniciais da doença, geralmente não há sintomas, mas apresenta pequenos aneurismas e hemorragias na retina, visíveis apenas por meio de um exame de rastreamento, o exame de fundo de olho. Ao longo de anos e influenciada pelo controle do diabetes, a retinopatia diabética vai progredindo e pode levar a quadros graves de hemorragias, descolamentos de retina e edema macular diabético.
Por esse motivo, todas as pessoas com diabetes devem realizar o exame de fundo de olho pelo menos uma vez por ano para verificar qualquer sinal de retinopatia diabética e tratar de forma precoce. Realizar o controle adequado do diabetes e outras doenças associadas, junto do acompanhamento com oftalmologista, impacta diretamente na qualidade de vida e na manutenção da visão.
Dra. Isabel Braga Paiva – CRM/AC 1913, RQE: 890, médica cooperada da Unimed Rio Branco, oftalmologista especialista em Retina.
