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Desmate no Acre é o menor da Amazônia, mas terra indígena volta ao ranking das derrubadas

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Edmilson Ferreira
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De janeiro a maio de 2023 o Acre desmatou 25 quilômetros quadrados, contribuindo com 2% do total desflorestado na Amazônia no período. É a menor participação entre todos os Estados da região.


No entanto, a Terra Indígena do Rio Gregório, em Tarauacá, foi incluída entre as dez que mais desmataram em maio, com registro de 0,1 km² de derrubadas. Havia alguns meses nenhuma unidade de conservação ou TI figurava nesse ranking.


Mesmo apresentando quedas no desmatamento entre janeiro e maio deste ano, em comparação com 2022, os estados com as maiores áreas destruídas seguem sendo Mato Grosso, Amazonas e Pará.

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Nos cinco primeiros meses de 2023, Mato Grosso devastou 511 km² de floresta, Amazonas 372 km² e Pará 328 km², o que representa 33%, 24% e 21% do total na região.


Ou seja: juntos, esses estados foram os responsáveis por 78% da floresta destruída no período, o que alerta sobre a necessidade de receberem ações prioritárias de combate ao desmatamento.


Em Mato Grosso, o desmatamento vem se concentrando na metade norte, em municípios como Colniza, Aripuanã e Apiacás. Além disso, duas das 10 terras indígenas mais desmatadas em maio na Amazônia ficam no estado: Piripkura e Aripuanã.


Já no Amazonas, a situação mais crítica é nos municípios do Sul, principalmente na divisa com Acre e Rondônia, área chamada de Amacro. Localizados nessa região, apenas os cinco municípios amazonenses que ficaram entre os 10 mais desmatados da Amazônia em maio — Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré e Lábrea — somaram 62% de toda a derrubada no estado. “Há uma forte pressão pela expansão agropecuária nessa região, o que tem feito com que ela seja a maior responsável pelo Amazonas estar entre os três estados que mais desmatam”, explica Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.


Terceiro estado que mais desmatou de janeiro a maio, o Pará tem enfrentado dificuldade para combater o desmatamento em algumas áreas protegidas, como a APA Triunfo do Xingu. Apenas em maio, essa unidade de conservação estadual perdeu 25 km² de floresta, o que equivale a 2.500 campos de futebol, sendo a mais desmatada de toda a Amazônia. Além desse território, outras três unidades de conservação paraenses ficaram no ranking das 10 mais destruídas em maio: APA dos Tapajós, Flona de Saracá-Taquera (PA) e Esec da Terra do Meio (PA). “Em maio, o Pará foi o estado que mais teve áreas protegidas entre as mais desmatadas da Amazônia, incluindo terras indígenas como a Munduruku e a Xikrin do Cateté”, alerta Raíssa Ferreira, pesquisadora do Imazon.


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Edmilson Ferreira

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