O imigrante da República de Guiné, Mohamed Diawo, 42, que abandonou os três filhos em um motel na região da Estrada do Amapá, em Rio Branco, e depois foi encontrado, em surto, pela Polícia Militar no Ramal Pantanal no Polo Benfica, no Segundo Distrito, na semana passada, recebeu alta do Pronto-Socorro, onde estava internado.
Apesar de ter deixado a unidade de saúde, Mohamed não tem autorização para visitar os filhos e para reaver a guarda das crianças que foram entregues ao Educandário Santa Margarida após serem deixadas no motel pelo pai.
Aos poucos vão surgindo novas informações sobre o caso, ainda envolto em muito mistério. Mohamed está morando no Brasil há oito anos e está no país de forma legal. Os três filhos, de 7, 4 e 3 anos, são brasileiros.
Uma irmã do imigrante chegou nos últimos dias ao Acre vinda da França, onde mora, para acompanhar o caso. Ela também ainda não teve autorização do Juizado da Infância e Adolescência para visitar as crianças.
A reportagem procurou a diretora de Direitos Humanos da prefeitura de Rio Branco, Rila Freze, que acompanha o imigrante. Sem dar mais detalhes, afirmou apenas que o caso é delicado. “É uma situação delicada, que continua sob investigação da Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente”, disse.
Apesar da investigação em curso, no tempo em que Mohamed esteve internado no Pronto-Socorro não foi ouvido pelas autoridades policiais, o que deve ocorrer nos próximos dias.
