O veículo utilizado pelo diretor da Secretaria de Governo, Raimundo Pinheiro Lima, de 56 anos, conhecido como Raimundinho, e que foi responsável por colidir contra o carro do secretário de segurança, coronel José Américo Gaia, na noite do último sábado, 17, pertence a sua esposa, a procuradora de justiça Rita de Cássia Nogueira Lima, do Ministério Público do Acre.
Trata-se de uma caminhonete L200 Triton, de cor marrom, modelo 2015, que apesar de estar sendo conduzida pelo marido, que segundo o gestor da segurança, estaria em visível estado de embriaguez, não consta nenhum tipo de débito ou multa, conforme apuração do ac24horas.
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Acusado de ser o responsável pelo acidente, Raimundinho acusou o Secretário de Segurança de coação e de tentativa de invasão de sua residência após o acidente de trânsito ocorrido na noite deste sábado, 17. A casa que Raimundinho se refere também é da procuradora de justiça, fato este que pode ter espantado a presença da polícia do local. Os militares da ocorrência teriam recebido uma ligação do alto comando para deixar o local.
Ao ac24horas, a assessoria de Rita de Cássia apenas informou que ela está de licença desde o dia 16 deste mês e, desde então, encontra-se fora do Estado e evitou repassar qualquer detalhe.
De acordo com Raimundinho, após o acidente, o militar o perseguiu até a rua de sua casa, onde teria apresentado comportamento agressivo, tomado seu celular e a chave de seu veículo.
“Ele riscou no meu carro sem querer, eu vim para casa e esse carro me seguiu Ele me fechou duas vezes. O coronel Gaia me abordou de forma agressiva e disse que eu estava preso porque havia batido no carro dele, além de ter tomado meu celular e a chave do meu carro. Ele mostrou a arma, disse que era coronel e afirmou que eu estava preso”, conta.
Raimundinho conta que Gaia teria acionado seis viaturas e os policiais teriam tentado invadir sua residência. “Ele depois veio com seis viaturas, uns 10 policiais e tentaram invadir minha casa para me prender. Só não entraram porque fechei o portão”, afirma.
Já Gaia negou as denúncias de Raimundinho e contou sua versão do caso. “O que aconteceu foi que ele bateu no meu carro no sentido Armando Nogueira/AABB. Ele bateu no meu carro e continuou. Eu o acompanhei e quando ele parou em uma rua sem saída eu o abordei e disse que ele havia batido no meu carro. Eu pedi que aguardasse a viatura, o que ele não fez. Não peguei o celular de ninguém, tanto que o mesmo fez ligações para outras pessoas. A primeira coisa que fiz foi me identificar, ele tava com sintomas de ter ingerido bebida alcoólica. Minha família estava no carro, inclusive minha filha de cinco anos, eu pedi que fossem feitas fotos do veículo, o boletim de ocorrência e fiz o bafômetro, o que ele se negou a fazer. Foi isso que aconteceu simplesmente”, esclareceu Gaia.
Raimundinho alegou à reportagem que vinha de um aniversário e que não consumiu bebida alcoólica, mas confirmou que se negou a fazer o bafômetro. “Claro que não ia fazer bafômetro, estava chegando na minha casa. Não tinha bebido, mas não ia fazer bafômetro nunca”, afirmou.