Vi e revi nos últimos dias um vídeo-documentário produzido pela Brasil Paralelo que é uma empresa de entretenimento e educação criada há sete anos no Rio Grande do Sul, voltada para temas atuais e históricos a partir de uma perspectiva de defesa da liberdade. Na minha modestíssima opinião se trata da mais importante âncora brasileira, não-partidária, de produção de conteúdos verdadeiramente representativos da alma brasileira.
Para uma empresa que não recebe um centavo de recursos públicos, apresenta números impressionantes: 15 milhões de espectadores únicos em 2022; 550 mil membros assinantes; mais de 140 produções originais; mais de 80 cursos distribuídos em 10 categorias. Sua plataforma de streaming oferece ao assinante dezenas de filmes e documentários, todos de alta qualidade.
Pois bem, o documentário a que me refiro especialmente (o último produzido) chama-se Infiltrados-Venezuela e foi produzido por alguns poucos repórteres, com meios escassos e praticamente clandestinos naquele país. De certo modo, o vídeo nos apresenta a Venezuela que sobrou e teima em se manter, apesar do martírio imposto pelo regime socialista que os cúmplices de Lula da Silva implantaram e preservam por meios conhecidos.
Sete milhões de venezuelanos fugiram do regime, dos que ficaram 90% se encontram abaixo da linha de pobreza, o produto interno bruto do país caiu 75%, a inflação em 2020 chegou a 1 milhão por cento. Como nababos, nadando em dinheiro, vive uma pequena casta dirigente, o que não é surpresa no esquerdismo. É assim em Cuba, na Nicarágua, na China, na Coreia do Norte, assim foi na Rússia, no Vietnã, na Alemanha Oriental, na Polônia, enfim, em todos os países que atravessaram esta sina macabra. Na Venezuela, dona das maiores reservas de petróleo do mundo, o socialismo transformou ouro em cinza de morte, penúria e desalento.
Me chamou a atenção como chegaram a tal desgraça. Que caminho a Venezuela seguiu para levar-se à miséria, perseguição, prisão e morte? Vejam o documentário e certamente reconhecerão: eleições sujas, contaminadas; acumpliciamento do judiciário; controle da liberdade de expressão; submissão das forças armadas; esmagamento e aliciamento do parlamento; perseguição a adversários; imposição do medo. Pense bem e, honestamente, se reconheça na Venezuela, pelo menos em parte.
A propósito, nos últimos dias esse trem sinistro andou no Brasil. Em live desta semana, Lula da Silva disse, em reação à CPI do MST, que nem precisa invadir terras, o INCRA mesmo vai cuidar de ver as terras “improdutivas e ocupá-las”, o que significa expropriação, ou seja, o direito de propriedade está indo pro espaço a critério do “cumpanheiro” de plantão.
No parlamento, o governo que andou até comprando votos para que não fosse instalada, tomou de assalto a CPMI de 8 de janeiro e aprovou trocentos requerimentos, com exceção daqueles que interessam à apuração dos fatos ocorridos no dia fatídico. Tratorou a oposição com sua maioria conseguida a negociatas com o Pachecozão e impediu a convocação, por exemplo, do General G. Dias, aquele que tratava os vândalos a pão-de-ló e adulterou documento oficial do GSI.
Para a vaga do Levando no STF, Lula da Silva indicou seu amigo e advogado particular, defensor nos crimes da lava-jato, o Zanin, cujo curriculum é este mesmo – é seu amigo e advogado.
De quebra, o PT anunciou que receberá do governo uma TV para chamar de sua. Parece que não basta o servilismo do velho jornalismo. O partido do presidente terá um canal para divulgar sabe-se lá o que além de mentiras e propaganda malsã do regime que pretendem implantar no Brasil. Aliás, Lula se prepara para receber uma penca de ditadores e protoditadores esquerdistas na reunião do Foro de São Paulo, aquele que ele criou junto com Fidel Castro e Hugo Chavez para fazerem da América Latina uma grande Venezuela. O projeto está vivinho da silva apesar dos desastres esquerdistas em toda a região.
No meio de tudo isso, um tal Elias Jabour, “cumpanheiro” escolhido para assessor da Dilma no BRICS, deu uma entrevista na qual defende PENA DE MORTE para quem discordar do socialismo (estou jurado de morte?). É a parte que está faltando naquele tabuleiro experimentado na Venezuela. Assim como milhares outros, Oscar Perez, um líder da resistência à ditadura venezuelana foi assassinado nos conformes da ideologia abraçada pelo Jabour, não esqueçamos.
Sim, caros, o troço estúpido e satânico que alimentava as almas socialistas há 150 anos e matou mais de 100 milhões de pessoas, ainda vive nessa gente e, como dizem os venezuelanos no vídeo, está sendo implantado aos poucos. Eles não notaram, não houve um discurso de Lenin, não teve um anúncio revolucionário, houve a insidiosa marcha sobre as instituições e a tolerância e ignorância do povo.
Valterlucio Bessa Campelo escreve às sextas-feiras no site ac24horas e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do Percival Puggina e outros sites.
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