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Região da Amacro responde por 11,3% da área desmatada no Brasil e 19,4% da Amazônia

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Raimari Cardoso

Conhecida como “Fronteira do Desmatamento”, a região que compreende a junção das fronteiras do Amazonas, Acre e Rondônia, denominada Amacro, teve um incremento de 12,3% do desmatamento ocorrido na região em 2022 em relação a 2021. Foram 7.055 alerta e 231.955 hectares desmatados em 2022 na Amacro – 11,3% da área desmatada no Brasil e aproximadamente 19,4% do que foi perdido na Amazônia.


Os dados acima fazem parte do detalhamento do mais recente Relatório Anual de Desmatamento (RAD2022) do MapBiomas, que apontou que o desmatamento no Brasil alcançou, no ano passado, 2 milhões de hectares nos seis biomas brasileiros. O valor equivale a 13 vezes a área da cidade de São Paulo. Cerca 91% da derrubada aconteceu na Amazônia e no Cerrado, mas Caatinga, Pampa gaúcho e Pantanal também registraram aumento.


Alguns municípios dos estados que compõem a Amacro aparecem entre os 50 que mais desmataram no Brasil ente 2019 e 2022. O campeão é Lábrea, no sul do Amazonas, pertinho da fronteira acreana. Com grande extensão territorial, o município de cerca de 47 mil habitantes se tornou o novo epicentro do desmatamento e alvo de criminosos que desmatam para extração de madeira, grilagem e criação de pastagens.


Em Rondônia, o município com os maiores registros de desmatamento nesse período é Porto Velho, mas outros como Candeias do Jamari, Nova Mamoré e Cujubim também aparecem na lista. Entre os nove estados da Amazônia Legal, Rondônia teve o segundo maior aumento na destruição da floresta, atrás somente do Amazonas, onde o desmatamento calculado foi 766% maior, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon.


No Acre, o campeão do desmatamento nos últimos anos é o município de Feijó, o primeiro entre os acreanos que aparecem entre os 50 que mais derrubaram florestas em 2022. Os outros municípios do Acre que estão na lista são Rio Branco, Sena Madureira e Tarauacá. Em 2022, os quatro foram responsáveis por 51.167,21 hectares de desmatamento, o que representa mais que a metade de todo o volume registrado no estado.


O desmatamento somou 92.531 hectares no Acre em 2022, o que corresponde a cerca de 100 mil campos de futebol. Em comparação com o ano anterior, 2021, quando foram desmatados 69.125 hectares, o aumento foi de 23.406 hectares. Desde 2019, quando o relatório do MapBiomas começou a ser produzido, foram 278.634,6 hectares desmatados no estado, uma média diária de 179,6 hectares.


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Raimari Cardoso

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