O presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed), Guilherme Pulici, foi o entrevistado na tarde desta sexta-feira, 16, do programa Boa Conversa, apresentado pelos jornalistas Leônidas Badaró e Astério Moreira no ac24horas.
Pulici está no meio de uma polêmica após o sindicato que preside divulgar uma nota onde acusa o senador acreano de disseminar ódio após Alan Rick, durante pronunciamento no Senado, acusar médicos de realizarem “boicote” para impedir que formados em Medicina no exterior participem do Programa Mais Médicos. O Sindmed disse ainda que vai pedir a cassação do senador acreano por quebra de decoro parlamentar.
Durante o Boa Conversa, Guilherme Pulici disse que as declarações de Alan foram infelizes. “A repercussão foi nacional, a fala foi infeliz porque o senador disse que os médicos brasileiros estavam supostamente se inscrevendo no Mais Médicos com o intuito de bloquear o acesso dos colegas que se formaram no exterior e não revalidaram o diploma e isso causou uma grande indignação, já que a fala generalizou e deixou a entender que há um conluio”, disse.
O Presidente do Sindicato dos Médicos disse ainda que não se arrepende de declarar que a entidade vai pedir a cassação de Alan Rick por quebra de decoro. “O pedido de cassação não foi exagerado porque foi um discurso de ódio. Eu não tenho competência para julgar, mas pedir eu posso como cidadão”, afirmou.
Em relação à estrutura das unidades de saúde no Acre, Guilherme Pulici diz que o cenário é muito ruim. “Todo secretário que assume diz que mudou isso ou aquilo, mas do ponto de vista prático eu vejo um cenário muito ruim, muito deficitário e eu vejo muitos colegas sobrecarregados e adoecendo”, explica.
Em uma nota endereçada à imprensa, o senador Alan Rick disse lamentar a exposição do grave problema de saúde de sua esposa, que foi transferida às pressas do Acre para Brasília em estado grave de saúde quando foi acometida pela Covid-19 em 2021. Pulici nega. “Acho que houve um erro de interpretação. Em momento nenhum a gente citou a esposa dele, o que foi falado no texto foi o fato o senador fretar um jato para buscar atendimento particular e esse atendimento é custeado pelo Congresso. Existe previsão legal para isso”, afirma Guilherme Pulici.
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