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No aniversário de emancipação e dos 10 anos de Bar do Vaz, médico Labib Murad detalha parte da história do Acre

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O Bar do Vaz está completando 10 anos de existência nesta semana. O programa, que já recebeu inúmeras personalidades, nunca foi apresentado por outra pessoa a não ser o jornalista Roberto Vaz. Quando esteve na UTI por duas semanas, a transmissão do programa ficou suspensa.


É no Bar do Vaz onde gari, advogado, vereador, deputado, governador e pessoas comuns sempre têm direito a externar suas posições. Uma curiosidade: o Bar Nunca foi editado, sempre vai ao ar do jeito que é gravado e agora, com novas tecnologias, sempre ao vivo.

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“Me deliciei com as histórias que foram contadas aqui e a forma de comportamento de cada participante. Me diverti, me informei e aprendi muito. É bom conhecer as pessoas, não só pelo nome, mas pelo que elas têm a dizer pra gente. Venho trazendo essas pessoas e contando um pouco da história do Acre”, afirma Roberto Vaz.


Para celebrar uma década de programa, o Bar recebe nesta quinta-feira, 15, dia que se comemora os 61 anos de emancipação do Estado, o médico Labib Murad, de 85 anos, que também está presente e chega até a se completar um ciclo importante nas páginas que retratam a história do Acre.


Com CRM de número 23 ativo, o cirurgião, ginecologista e obstetra pode não ser conhecido pelos acreanos mais jovens, mas deixou registrado seu papel fundamental no fortalecimento da saúde no Acre.


Desde muito novo na profissão, Labib sempre teve prestígio tamanho seu empenho pela medicina e, principalmente, pelos pacientes que dele precisaram algum dia.


Nascido no interior de São Paulo, está há cerca de 55 anos no Acre, estado que tomou para chamar de seu. Foi o primeiro médico legista em Rio Branco, é titular da cadeira 01 da Academia Acreana de Medicina e, não por pouco, recebeu o apelido de “bisturi de ouro” ao longo da carreira.


Quando foi convidado a vir trabalhar no Acre, fez uma única exigência: trazer consigo um anestesista, já que por aqui não havia nenhum com tal especialidade.


Em solo acreano, ajudou a fundar a Pronto Clínica e contabiliza histórias incríveis da medicina. Numa dessas, teve de concluir uma cesariana com a iluminação dos faróis de um carro na janela da Maternidade, após uma queda de energia deixar a sala às escuras.


“Quando eu cheguei aqui no Acre, não existia ultrassom. O que se fazia era exame de fezes parasitológico, urina tipo I e hemograma. Fora isso, era só estetoscópio e batidinhas pelo corpo. A clínica era soberana. O envolvimento com o paciente era maior”, relembra.



Conhecido pela humildade e extremo carinho com que prestava nos atendimentos, afirma ter trabalhado com a mesma diretriz, a de sempre confortar seus pacientes. “Fiquei apaixonado por Rio Branco. Atendia cirurgia e ginecologia, esta última que demandava mais serviço”.


Médico e político

Labib não planejou, mas acabou também atuando na política, segundo ele, levado pelo ex-governador Jorge Kalume, além de sempre ter tido grandes amigos no PMDB.


O médico foi eleito vice-governador na chapa com Orleir Cameli. Também foi representante do governo do Acre em Brasília na época de Edmundo Pinto e, tempos depois, chamado por Romildo Magalhães para ser secretário de saúde.


Ele nega qualquer briga com Orleir. “O que houve foi uma tentativa de me convocar para a queda de Orleir, mas eu não queria isso. Eu só achava que, como vice, poderia influenciar o governador a resolver o problema da saúde. Politicamente, eu era um bobão”.


Murad esclarece que nunca pretendeu progredir na vida às custas de alguém. “Nunca articulei nada contra ninguém, até porque eu não sei. Minha índole é fazer o bem. Desafio encontrar uma só pessoa nesse Acre que eu tenha feito mal”.

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Apesar de saber que o papel de vice-governador é estritamente constitucional, passou a contestar um pouco esse cargo depois de conhecê-lo a fundo. “Não vejo tanta necessidade. Acho que vice-governador não faz falta, não”, declarou.


Assista à entrevista na íntegra:

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