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Ptolomeu e os equilíbrios necessários

O processo judicial relacionado à Operação Ptolomeu chegou naquele ponto em que a calma e o cálculo impõem uma ordem. É preciso prudência e equilíbrio da parte de todos. Das empresas envolvidas, dos gestores públicos envolvidos, do governante envolvido, do Judiciário, da imprensa, do cidadão comum (leitor, ouvinte, telespectador).


Ao cidadão comum é que mais se exige. Mesmo porque é do dinheiro dele que se trata. É o dinheiro dele que alimenta toda a trama. Ao leitor, ouvinte e telespectador toda atenção é exigida. Embora a ele também sejam cometidos os maiores desrespeitos.


Exige-se equilíbrio também por parte da imprensa. Aqui, o ac24horas se arvora uma postura diferenciada desde o início do processo: sempre noticiou tudo sobre as operações. Nada omitiu. No entanto, a direção do site se reserva o direito de não dar ao portal de notícias o tratamento militante e apaixonado, como querem alguns. A informação é oferecida com a isenção necessária. Inteligente que é, o leitor que batalhe para formar a própria opinião. Acreditamos na capacidade de discernimento do leitor. Ele não precisa de panfletos que lhe ditem o que pensar.


Sobre o equilíbrio necessário aos agentes ligados ao Poder Judiciário, é preciso ponderar a necessidade de que esse processo seja concluído. Esse é o “equilíbrio” que se exige. No último dia 7 de junho, a ministra do Superior Tribunal de Justiça e relatora da Operação Ptolomeu na corte, Nancy Andrighi, agiu com ponderação: deferiu parcialmente o que pedia a PF e MPF.


Manteve as medidas cautelares por mais 180 dias em relação às pessoas envolvidas, mas flexibilizou as restrições em relação à suspensão da atividade econômica das empresas investigadas: autorizou que as empresas possam contratar com outras empresas particulares e até com entes públicos (com exceção dos entes públicos do Acre).


Além disso, flexibilizou também a restrição que o governador tinha de se comunicar com o próprio pai, também investigado. Andrighi permitiu que essa comunicação se efetivasse. Essas mudanças no processo de julgamento apontam para algum equilíbrio? Sim. Apontam. Mas é necessário mais. O site ac24horas defende que o STJ diga o mais rápido possível o que tem que ser dito, fundamentado na lei e obedecendo ao devido processo legal.


A Gladson Cameli cabe governar dentro dos referenciais novos impostos pela Justiça. Para quem está no exercício do poder, o “equilíbrio” reside na manutenção da rotina da gestão. Tocar obras possíveis, reforçar proximidade com o povo… governar, enfim.


A agenda de governo não pode, justamente agora, cair no erro de ficar acuada, retraída. A hora é de reagir dentro dos limites que o processo impôs. Qualquer orientação de assessores que não se aproxime disso, o governador Gladson Cameli pode estar caindo em uma armadilha que terá consequências políticas graves. Portanto, a ordem é: trabalho, apesar da Ptolomeu.


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