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Com baixa da castanha, valorização da borracha promete ser saída de extrativistas

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Raimari Cardoso

O preço da castanha em 2023 atingiu um dos menores preços dos últimos anos, de acordo com informações da Cooperativa Agroextrativista de Xapuri (Cooperxapuri), associada da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre).


O presidente da Cooperxapuri, Tião Aquino, afirma que as exportações de castanha esfriaram nesta safra, o que fez com que o preço chegasse a R$ 35 a lata de 10 quilogramas da amêndoa amazônica, o menor valor para o produto extrativista dos últimos anos no Acre.


Aquino cita como motivos da desvalorização da castanha, que no ano passado chegou a ser comprado ao produtor pelo preço de R$ 80 a lata, o fato de haver muito produto no mercado, ou seja, um excesso de oferta que empurra o preço para baixo, além da queda na procura pelos importadores bolivianos e peruanos.


Principais importadores da castanha produzida no Acre, Bolívia e Peru enfrentam problemas que impactaram na busca pelo produto no Brasil. O primeiro com relação à licença de exportação e o segundo por conta da crise política que perdura no país desde dezembro do ano passado.


Mesmo diante do cenário desfavorável, Tião Aquino acredita em uma possível reação do preço para o segundo semestre. Contudo, o mais provável é que uma nova valorização da castanha acreana aconteça apenas na próxima safra, depois que os atuais estoques tiverem diminuído.


“O mercado de exportação deu uma esfriada. A gente acredita que no segundo semestre possa dar uma reagida, pois como o preço da castanha que está acumulada na praça está baixo, a gente acredita que os estoques serão todos comercializados. Hoje a média está saindo a R$ 35, o pior preço dos últimos anos”, explicou.


Diante da situação, a saída do momento para os extrativistas do Acre é apostar na extração da borracha, que está em um bom momento por conta da bonificação paga pela empresa francesa Veja, que utiliza látex na produção de calçados. Além disso, há o suporte das subvenções municipal, estadual e federal.


“Estamos pagando hoje R$ 14 pelo quilograma da borracha aos cooperados. E tem ainda as subvenções municipal, estadual (que ainda não está não está executando, mas já é lei, e a federal. No ano passado nós tivemos 364 extrativistas produzindo em Xapuri e para esse ano a expectativa é para termos 500”, disse Aquino.


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Raimari Cardoso

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