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A eleição será plebiscitária

Com duas candidaturas, a eleição para a prefeitura de Cruzeiro do Sul, no próximo ano, será plebiscitária. Ao eleitorado vai restar dizer se está aceitando ou não a gestão do prefeito Zequinha (PP). Esse não é um cenário bom para ele, o ideal seria ter várias candidaturas para pulverizar os votos. O problema maior não é só isso, mas ter de enfrentar uma candidata que aparece liderando disparada todas as pesquisas, ser dona de carisma, e que se mexe bem numa campanha, a ex-deputada federal Jéssica Sales (MDB). E, também, partidos como o PSD, que esteve na aliança da última eleição do Zequinha, não estarão mais no seu palanque. A tendência natural é a de que se o prefeito Zequinha não melhorar nas pesquisas e mostrar viabilidade para uma reeleição, perca aliados para a candidatura adversária. É assim que as coisas funcionam na política. Em Cruzeiro do Sul não será diferente.


COVA DOS LEÕES


Não sei quem foi o conselheiro. Mas não foi uma boa medida a do Gladson Cameli de demitir (sem obrigação jurídica) parte do seu secretariado mais fiel. Passou a imagem que toda culpa da Operação Ptolomeu foi deles. Foram jogados na cova do leão da opinião pública. A demissão não favorece em nada o Gladson na Ptolomeu. E fritou os ex-secretários.


AGRADAR NÃO RESOLVE


Não vou dizer o contrário para agradar. A situação do governador Gladson na Operação Ptolomeu, é desconfortável. Além da parte penal, um outro problema, de cunho político, lhe ronda. Se for condenado fica inelegível para ser candidato em 2026.


DECISÃO MAIS PATERNAL


A liberação para falar com o pai, foi uma decisão justa do STJ. Não é o contato do Gladson com o pai Eládio Cameli que, que vai influenciar na ação Ptolomeu.


FONTE NÃO SE REVELA


Ninguém se admire se um dos demitidos fizer uma delação premiada com o MP, para ficar fora de qualquer penalidade penal e civil. A fonte é confiável. Isso tocaria fogo no parque.


VIROU MODA


Conversei ontem com um amigo, deputado de Cruzeiro do Sul, sobre a eleição municipal. Na sua visão, se não houver uma mudança da água para o vinho na gestão do prefeito Zequinha, será muito difícil derrotar a candidatura da Jéssica Sales (MDB), na disputa da prefeitura. E, justificou: “Virou moda querer votar nela”.


BLOCO UNIDO


A oposição em Epitaciolândia tende a marchar unida com a candidatura do empresário Everton a prefeito. Com dois candidatos vira plebiscito, o que não é favorável ao prefeito Sérgio Lopes. Favorável para a sua reeleição, seria ter vários nomes na disputa.


SABE ONDE MORAM OS VOTOS


Com o aumento na renda do bolsa família para famílias com crianças abaixo dos 6 anos; com a liberação de remédios grátis na Farmácia Popular para as famílias do bolsa família; com a facilitação em linhas de créditos e facilidades para os devedores até o teto de 5 mil reais quitarem os débitos, o Lula atinge com esse pacote de bondades, o eleitorado mais popular, que é quem decide eleição. Votos do agronegócio não decidem eleição, cabem numa cuia. Todo mundo tem direito de não gostar do Lula, mas ninguém pode deixar de reconhecer ser um craque em criar medidas populistas para ganhar eleição. É o andar de baixo que decide eleição. Isso é incontestável.


RECUADA GERAL


Deputados com base no Juruá que já estavam se articulando para indicar o vice do prefeito Zequinha, deram uma bela recuada no intento, depois dos 62 por cento da Jéssica Sales (MDB) na pesquisa do DELTA. “Vou aguardar, não vou dar prego sem estopa”, disse um deles ontem ao BLOG.


MASSA FALIDA


O deputado Luiz Gonzaga – o único do PSDB no estado – pegou uma massa falida para administrar. O PSDB não tem um deputado federal e nem senador. E não tem nome com densidade eleitoral para disputar a PMRB. Será puxadinho de algum partido na eleição municipal na capital.


“DÁ UMA TREMEDEIRA”


Essa, eu ouvi ontem de um nome forte na disputa da PMRB: “Tomara que o meu partido não aceite a indicação do PDT do nome para vice. O Tchê tem pé-frio em eleição majoritária. Indicou os vices da Socorro Nery e do Marcus Alexandre, e ambos perderam a eleição. Me dá uma tremedeira só em pensar”.


NÃO HÁ CLIMA


O deputado Emerson Jarude (MDB) é um político inteligente o bastante para sentir que não há clima no MDB, nem para a sua presença no partido, quanto mais para disputar a PMRB.


ATÉ A HORA QUE QUISER


Nada de anormal o Marcus Alexandre não querer disputar a eleição pelo PT, partido ao qual já deu sua contribuição. A política dá opção para ficar filiado onde se bem entender.


APOSTANDO NAS PESQUISAS


O prefeito Tião Bocalom criticou as pesquisas. Mas agora está apostando nas pesquisas para o PP o escolher como candidato à reeleição. Na avaliação do grupo do seu entorno, é que chegará na frente nas pesquisas, do secretário Alysson Bestene (PP), o outro nome que quer ser candidato à PMRB.


ADIANTOU?


Adiantou os deputados criarem uma falsa expectativa aos servidores do ISE, com um projeto inconstitucional? O grave é que sabiam que o projeto seria derrubado no STF, como foi. Acesso ao serviço público de forma definitiva, só por concurso público.


APENAS O CONTATO COM O PAI


Até aqui estão mantidas todas as medidas cautelares da Operação Ptolomeu. A única liberação foi do Gladson manter contato com o pai.


PISANDO EM OVOS


A vice-governadora Mailza Assis está pisando em ovos para não tomar nenhuma medida ou praticar algum ato que passe a ideia de querer invadir o espaço do governador Gladson. Até aqui tem se saído bem.


MAL NA FITA


O PCdoB e o PT têm como meta na eleição municipal passar uma borracha e apagar a má imagem de ambos, de não terem um vereador em Rio Branco. Para quem já foi forte, é uma vergonha o cenário atual.


BEM MAIS DIFERENTE


Uma coisa é o deputado federal Gérlen Diniz (PP) lançar um candidato a prefeito de Sena Madureira. A outra é ele ser o candidato, o que tornaria a disputa com o grupo do prefeito Mazinho mais acirrada.


OLHANDO PARA 2026


O grupo formado pelo deputado federal Roberto Duarte (UB), e os senadores Márcio Bittar (UB) e Alan Rick (UB), estão juntos construindo candidaturas a prefeito nos municípios, já de olho para uma base em 2026. O trio é bolsonarista de raiz.


FASE DE DEBATE


A fase no PODEMOS, é a de debate sobre a eleição municipal do próximo ano. O partido só dará aval à candidatura do deputado Fagner Calegário a prefeito da capital, se este mostrar densidade nas pesquisas.


FORA DE COGITAÇÃO


Pelo menos, por enquanto, está descartada uma candidatura do Ney Amorim a prefeito de Rio Branco.


NÃO ELEGE NINGUÉM


As eleições passadas já mostraram que o governador Gladson tem votos pessoais, mas é um péssimo transferidor de votos. Que digam, a Socorro Neri e o Ney Amorim. Portanto, o secretário Alysson Bestene (PP) cave as suas pautas e não fique só na sombra do Gladson, na sua caminhada para a disputa da PMRB.


CLIMA SOMBRIO


Quem circula dentro do governo revelou ser taciturno o clima na cúpula do poder, porque não há como medir o desfecho da Operação Ptolomeu. Enquanto isso não for resolvido fica como um entrave para o governo deslanchar.


FRASE MARCANTE


“Para ser popular, é preciso ser medíocre.” Oscar Wilde, escritor irlandês.


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