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MPF concorda com PF e pede ao STJ que Gladson não deve ter contato com familiares

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A Procuradoria-Geral da República concordou com o pedido da Polícia Federal e recomendou a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que o governador Gladson Cameli não mantenha contato com o seu pai, o empreiteiro Eládio Cameli, e seus irmãos, os empresários Gledson e Eládio Junior, todos alvos na Operação Ptolomeu, que investiga um suposto esquema de corrupção no âmbito do governo do Acre. A manifestação da PGR foi assinada pela vice-procuradora-geral da república, Lindora Araújo, na tarde desta terça-feira, 6.


Para Lindora, não existe a possibilidade de atender a solicitação do chefe do Palácio Rio Branco que requereu ter contato com os seus familiares, principalmente por seu pai já ser um idoso, alegando que já enfrentou um câncer, porque todos são investigados, inclusive pela troca de favorecimentos decorrentes do uso de pessoas jurídicas que administram e que facilitaram a possível malversação de recursos públicos em prol do núcleo familiar. “Não há que se falar, in casu, na transgressão ao direito de reunião familiar. A medida cautelar correlata, como fundamentado alhures, tem sua prorrogação
necessária e adequada”, argumenta Araújo.

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A PGR, porém, não concordou com o pedido integral da PF para renovação de todas as medidas cautelares no que tange a proibição do governador viajar para fora do país, pois houve uma modulação acatada pelo STJ flexibilizando para que ele cumprisse compromissos institucionais na qualidade de representante do Estado, por prazo determinado e atendidas específicas condições.


“Dessarte, não há que se cogitar de medidas excessivas ou despropositadas. Os direitos dos investigados estão sendo resguardados e as medidas cautelares impostas foram balizadas, em relação a cada um dos imputados, para que estivessem ajustadas a eventuais particularidades. Nesse diapasão, subsiste a necessidade de manutenção das cautelares para preservação do escopo investigativo para o esclarecimento de todas as nuances criminosas”, argumentou a procuradora.


Mesmo com as considerações, Lindora pediu ao STJ a prorrogação do prazo das medidas cautelares diversas da prisão por mais 180 dias para mais de 80 investigados.


Com a manifestação da PF e agora da Polícia Federal, cabe a ministra decidir se acata ou não os pedidos.


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