Há muitos anos, a população de Xapuri vinha tendo na antiga pista de pouso da cidade a única opção de área para a prática de corridas e caminhadas. O uso do espaço, apesar de inadequado, era tolerado exatamente em razão da enorme carência existente para uma demanda tão importante.
Concluídas as obras de cercamento e iluminação da pista para pousos noturnos, após o governo do estado obter autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o acesso do público para a prática de atividades físicas foi proibido em decorrência das exigências de segurança existentes.
As muitas reclamações públicas por meio das redes sociais colidem com as normas de segurança do aeródromo e demonstram como a população é desassistida pelo município nas necessidades mais básicas, como resultado da falta de planejamento que priorize a saúde e o bem-estar dos habitantes.
Agora, a alternativa para quem não abre mão das caminhadas na “Princesa do Acre” é fazer isso pelas ruas da cidade e se submeter aos riscos dos acidentes de trânsito, considerando que as esburacadas vias públicas, assim como suas poucas e mal estruturadas calçadas não oferecem condições para tal.
Não consiste em novidade nas cidades acreanas, mas Xapuri também não conta com ciclovias e, nesse caso, a opção dos adeptos desse esporte é a perigosa (para ciclistas, principalmente) Estrada da Borracha, também bastante esburacada e com suas margens tomadas por matagais.
A propósito do assunto, há muitos anos existe a idealização de uma espécie de parque urbano, no entorno do chamado “Canal do Ginásio Coberto”, que jamais teve alguma movimentação concreta em seu favor. Seria uma grande saída para embelezar a cidade e presentear a população com um espaço digno e necessário.
