Higienizar às mãos: um hábito simples que pode salvar vidas, mas que ainda é um desafio

Não é segredo para ninguém que lavar às mãos é um hábito importante de higiene. Nos atendimentos de saúde, esse tipo de higienização ganha uma importância ainda maior e pode ser determinante para a vida de um paciente.

Pelas mãos de um profissional de saúde pode ser a entrada de vírus e bactérias responsáveis por doenças que podem provocar, inclusive, a morte de um paciente.

A importância da higienização das mãos no setor de saúde é tão vital que existe um programa específico para isso na UTI da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) e, por mais incrível que possa parecer, a maneira correta de deixar às mãos livres de qualquer vírus ou bactéria ainda é um desafio entre os profissionais de saúde.

“É algo básico, milenar, mas ainda é um desafio fazer com que profissionais entendam a importância desse fator, já que higienizar as mãos é evitar a transmissão de infecções entre pacientes e entre profissionais da saúde e também o contrário”, diz o infectologista Alan Areal, coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da Fundhacre.

O programa é desenvolvido na UTI da Fundação há cerca de um ano e diminui os riscos de infecções na unidade de saúde. “Esse projeto vem da Organização Mundial de Saúde, a Fundação foi convidada. Abraçamos essa causa e estamos na fase de conclusão da primeira etapa. Já podemos dizer que estamos colhendo frutos, poderia ser melhor, mas em um primeiro momento sempre há uma resistência natural. Estamos passando de um nível básico para um padrão intermediário”, diz Areal.

O infectologista diz ainda que o cuidado do profissional não é apenas com o paciente que cuida, mas também com seus familiares. “Vale lembrar que é um serviço contínuo, diário e que é importante destacar que ao sair do plantão, do nosso dia de trabalho aqui no hospital nós vamos para casa e a higienização é uma fator que contribui para saúde também do profissional e de sua família”, diz Alan Areal.